domingo, 24 de abril de 2011

O CASAMENTO DO PRÍNCIPE

Dia 29 de abril na Abadia de Westminster, acontecerá o casamento do príncipe William e da plebéia Kate Middleton. Mas a noiva não escolheu carruagem pra seguir pra cerimônia... Ela vai seguir de carro com o pai. Somente após o ‘sim’ é que ela optará por uma com o príncipe ao lado.
Parece que a cidade já está tomada por mais de 600 mil visitantes, perto do que foi o casamento de Charles e Diana. E a noiva colocará em seu buquê um raminho de murta, conhecida como 'erva do amor'. A tradição vem de 1840, do casamento da rainha Victória. Nos casamentos mais recentes, a erva estava lá.
Claro que o dia será feriado nacional. E o anel de noivado? Era o mesmo da finada! Uma safira azul oval rodeada de diamantes! Deus meu! Anel da finada, anel da “de cuja”. Cá, entre nós, eu acho que não deve ter energias lá muito positivas nessa jóia.
Vocês sabiam que no Brasil já é possível comprar um igualzinho? É só ir na Amsterdam Sauer e pela bagatela de 30 mil, a afortunada sonhadora sai com a peça cobiçada no dedo. Mas o príncipe??? Infelizmente não está à venda.
Este casamento mexe com nosso imaginário, afinal é uma plebéia casando com um príncipe... Lindo, não? E será que não haverá uma traiçãozinha básica??? Ele tem antecedentes, afinal tanto o pai quanto a mãe têm suas máculas no passado. E ele é homem!
Mas diante de todo esse glamour...não tenho como não pensar em casamento de pobre... estes sim são muito mais divertidos... Primeiro que pobre casa na igreja do bairro, e a noiva aluga o vestido que nunca é no mesmo tamanho dela. O sapato é emprestado de uma prima que calçava mais ou menos que a nubente. Os parentes vão todos em um carro alugado, uma van provavelmente... E na saída a pobretada faz guerra de arroz. E pasmem, tem sempre uma pobre catando pra fazer um arroz de forno no dia seguinte.Porque pobre adora um arroz de forno.
A festa não será em um bifê afamado da cidade... Será na casa de algum parente que tem um quintal bem grande, ou num salão de festa do prédio de algum amigo e, com certeza, haverá churrasco, cervejinha e risoles. As bolinhas de queijo não podem faltar... Tudo comprado em cento, porque pobre adora negociar cento de salgadinho. Asa de frango e lingüiça proliferam.
Claro que no casamento do William não terá a figura do padrinho que vai pegar a gravata do rapaz e cortar pedacinhos pra que os outros comprem. E se alguém comprar, provavelmente haverá uma nota de um real colada com durex.
O acotovelamento pelo buquê com as tias solteironas, as primas no desvio e aquela amiga que já está noiva há dez anos é uma cena à parte...
Porém prefiro festinha de pobre... É mais original, mais divertida, há pessoas normais, sem sobrenome, mas com a felicidade ali, plena com um copinho de cerveja quente e um pagode rolando... Até a bebida acabar e a gente fazer vaquinha pra comprar mais uma dúzia... Afinal, amanhã é domingo...Porque casamento de pobre é sempre no sábado... No outro dia, dorme-se até tarde e se come as sobras dos salgadinhos e a fatia de bolo que foi providencialmente embalada no laminado que a tia mais velha reservou pra ocasião.

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