domingo, 31 de julho de 2011

EU NÃO FUI SUFICIENTE PRA ELE

EU NÃO FUI SUFICIENTE PRA ELE

Esta frase do título é ridícula. Mas ouvi de minha prima e, mais uma vez, choquei. Nossa, creio que vou mudar o verbo...’melindrei’, ‘surpreendi-me’, ‘assustei-me’, ‘espantei-me’... Não, o ‘chocar’ é mais chocante...

Ela veio com esta depois que divagávamos a cerca do passado sentimental dela... Seus erros, acertos, mais erros que acertos, mas nós não estamos aqui a passeio. Toda mulher que se preza tem um passado que abomina... que acaba deixando-a um tanto envergonhada... Mas não devemos nos arrepender de nada, nem lamentar... TUDO é válido!

E ficamos contabilizando os foras levados e dados... As traições sofridas, os gastos desnecessários em presentes pros meliantes... A falta de visão de relacionamentos que estavam fadados ao fim logo de cara no início...

Quantas vezes iniciamos “parcerias” que estavam no óbvio dos óbvios que não teriam o mínimo de futuro?E não adianta reza braba das amigas, conselhos da mãe, da madrinha, do amigo gay que é espertíssimo... Não. Nada faz com que a idéia fixa de ter o meliante ao seu lado seja esquecida...

Não adianta os avisos... Não adianta nem a própria ex dele alertá-la... Nem a mãe dele!!!!!!! Quando uma mulher quer algo, não há quem a demova do seu objetivo... Pode ser emagrecer, comprar uma bolsa, aquela tal bota... o colar da atriz da novela... O sujeitinho não vale nem uma balinha de troco do 1,99...

Mesmo assim, a gente investe... A gente acredita e vai de cabeça... Se ferra a quinta grandeza... Arrasta correntes... Chora baldes... Come demais... Come de menos... Mas dizer que não foi suficiente para ele por isso ele a traiu???? Não há nem adjetivos pra isso...

Não importa o homem... qualquer mulher é, foi e sempre será suficiente para ele. Nós somos um número maior que eles insistem em calçar. Alguns colocam uns algodõezinhos na ponta, como se faz com um sapato grande... Os algodõezinhos são os carinhos, as atenções...

Infelizmente os algodões se mostram de péssima qualidade... a folga surge e eles não admitem que têm culpa nisso... Aí, pulam a cerca e se acham cheios da razão nestas atitudes de incapacidade de administrarem o que tem... Acham que partindo pro desconhecido (uma desconhecida) vão conseguir êxito nos seus baratos empreendimentos de serem “o cara da hora”...

Coitadinhos... mal sabem eles que a gente faz com que eles calcem e descalcem quando nós mesmas queremos... Porque algodão pra gente é pra tirar esmalte e maquiagem... e não caricatura de sentimento.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

NÃO EXISTE O HOMEM CERTO

NÃO EXISTE O HOMEM CERTO

Em uma conversa regada a vinho com uma grande amiga, começamos a filosofar. Mulheres inteligentes quando bebem acabam por descobrir grandes mistérios da natureza humana... Acabam por descobrir o porquê das coisas não darem certo... Mas têm de estar a anos luz do celular... por questões óbvias...
Na verdade, não há um homem certo, a gente é que projeta nossos desejos em alguém. E num passe de mágica, um ser qualquer transforma-se na solução para nossos problemas e carências. Eles possuem defeitos? Disto sabemos há muito tempo... Nós mulheres não os temos, o que apresentamos são traços diversos de personalidade.
Observem que para satisfazer um homem é muito fácil, basta uma das duas alternativas: ou se cale ou dê para ele.
Já para se satisfazer uma mulher... a coisa é mais complexa, porque somos seres mais ricos... Porém buscamos alguém que nos compreenda sem termos a obrigação de compreender alguém.
Lidar conosco é uma arte... E o homem que fala o que queremos ouvir, certamente está fazendo o jogo do queridinho que aguardamos, pra se transformar no feitor que tememos... Daqui a pouco ele pede a senha do nosso e-mail, MSN, facebook... E ainda quer fazer uma devassa em nossa conta telefônica.
Só admitiria isso se ele se propusesse a pagá-la também, pois meu ônus tem que ter um bônus.
Peço a Deus, caso haja realmente outra encarnação que eu venha mulher de novo, porque sei que somos terríveis. Não suportaria alguém me perguntando se a amo, se está gorda, se eu a acho bonita, se ela é melhor que a minha ex... Mulher sabe a arte de “torrar o saco”... Sabemos como ninguém...
Por isso que não suporto ser chamada de feminista... Não o sou e nunca fui, sou sim realista e MUITO!
Sei quando sou chata... temos que saber, porque nunca ninguém nos dirá. Sabemos se somos traídas, se estamos acima do peso... mas ninguém nos diz que somos chatas... Isto é coisa de personalidade e, infelizmente, não se muda a chatice... só se a gente nascer de novo...
E aí penso na minha amiga que alardeia que se diverte com os errados até encontrar o certo... E declaro: continue querida, porque o certo nunca será encontrado...
Vai ver ele está lá onde a gente nunca foi porque é tarde, ou é longe, ou tem gente que “não é da nossa tribo”... Ele está lá... talvez na Terra do Nunca, afinal... homens nunca crescem mesmo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

ELE SÓ QUER FICAR

ELE SÓ QUER FICAR

Uma querida amiga vem ao meu encontro pedindo uma palavra, um conselho, uma ajuda... é que antigamente quando um rapaz queria namorar a gente, ele pedia... Lembram? Algumas de vocês devem recordar, algumas devem ter minha faixa etária... Com o tempo a coisa foi mudando.

Lembro quando eu tinha meus namoricos, minha mãe me perguntava: ‘e aí? Vocês estão namorando?’ Eu respondia nos primeiros tempos um ‘sim’ enfático... ou ‘não’ entre dentes... Depois passei a responder:’depende de como ele me cumprimentar quando a gente se encontrar de novo.’ E tudo foi se transformando... mas para pior. Hoje ela nem mais pergunta... talvez tema a resposta...

Sou favorável às modernidades, sou a favor da economia de cortejos, jogos... Entretanto, também sou favorável (e extremamente) ao jogo aberto. Cartas na mesa... detesto esta coisa de jogo, mas, como dizem que o enleio amoroso só é interessante se houver tramóia... há gosto pra tudo, certo? Então que seja claro, aberto e limpo!

E aí tem a história do ‘ficar’. Abomino isto. Abomino porque legitima muito meliante a deixar a mulher na dúvida... O machismo que impera na nossa sociedade (já escrevi isto quantas vezes e quantas mais escreverei) faz com que um homem ‘fique’ com vinte mulheres em uma noite e seja bem visto... Enquanto que se uma mulher ficar com dois ou três em uma mesma festa, recebe a alcunha de ‘piranha’ ou algo mais depreciativo que isto... se é que existe...

Mas aí minha amiga vem com uma conversa de que ‘fica’ com um rapaz há um ano e meio... Eu perguntei: fica ou namora????? Ela disse que era ficar mesmo... E que ela não sabia mais que atitude tomar.

Fui categórica. Homem que fica com uma mulher este tempo todo e não a assume como namorada, que não anda por aí com ela de mãos dadas, que não a leva a festas de amigos, faculdade, família... não quer nada de sério com ela. Aconselhei a cair fora. A limá-lo de MSN, Orkut, Facebook, Twytter... Ela ficou apreensiva, mas eu disse que homem quando quer uma mulher, deixa casa, segurança, família, filhos, esposa (não era o caso dela, ainda bem), deixa tudo e vai à cata. Move céus e terras por ela e a encontra ou reencontra.

Perguntei se ela gostava dele mesmo. Ela disse que se sentia bem ao seu lado. Mas peraí... a gente se sente bem ao lado dos pais, dos amigos, dos irmãos... Ao lado de alguém que pode ser aspirante a algo mais, a sensação tem que ser outra... No mínimo um friozinho no estômago, uma ligeira excitação...

Sugeri a ela que levantasse sua bela cabecinha, tivesse a real consciência de seu valor e fosse à luta. Fosse buscar alguém que a valorizasse ou que pelo menos se definisse... Porque banho-maria, só pra fazer pudim de leite!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

SE A VIDA FOSSE UMA NOVELA

SE A VIDA FOSSE UMA NOVELA





Estava eu em um dia de ócio criativo. Diria que crio também no ócio. Crio sob pressão, crio quando estou com raiva do sexo masculino. Crio quando durmo, quando acordo, quando falo com minhas amigas, minha prima, minha mãe... Crio até quando falo com homens...mesmo que seja um monólogo (deles, claro, porque qualquer tentativa de diálogo é infrutífera...). Posso dizer que crio o tempo todo: no banheiro, a caminho do trabalho, ouvindo música...durante o trabalho...





Então imaginei se minha vida fosse uma novela qual seria o meu papel? Não, eu não seria a mocinha, porque a mocinha é a sofredora, a heroína, a desprendida... a vítima cercada de gente interesseira, de vilões... Não, não sirvo pra mocinha, nem tão pouco pra vilã... Porque vilã arma contra os outros, e espera sempre que as pessoas se dêem mal... Não armo contra ninguém, quer dizer, às vezes, contra alguns homens, mas juro pela minha coleção de esmaltes que faço me sentindo uma espécie de vingadora da minha espécie...





Eu seria uma heroína mais pras do Manoel Carlos do que para as do Sílvio de Abreu. Quem acompanha novelas sabe que as do Manoel Carlos são humanas... Já as do Sílvio de Abreu tem suas reviravoltas, mas desde o início mantêm sua essência de boas ou más...





Ao amanhecer não estou com ar de quem acabou de se deitar... não. Acordo sempre com os olhos com restos de rímel. Não uso o à prova d’água porque não quero ficar calva nos cílios. O outro tiro com soro, mas sempre fica algo, principalmente quando não durmo sozinha... aí transformo-me em um perfeito urso panda... Fora o cabelo. Na TV, as mocinhas e bandidas acordam com os cabelos em ordem, penteados... o meu tem vida própria. Mais parece uma escultura moderna e de mau gosto, confesso.





Saindo pela calçada rumo ao trabalho, sei que não vou encontrar quem eu quero nos dias em que caprichei no visual... não. Naquele dia que não retoquei as raízes, estou com a mãe das espinhas na testa e a calça jeans está estranhamente mais justa... aí sim encontrarei quem há semanas busquei.





Não vou dobrar a esquina e esbarrar naquele homem maravilhoso, solteiro, rico, sem filhos e que necessita de uma mulher bem assim como eu. Também não vou encontrar uma carteira recheada de euros, entregá-la ao seu dono e arranjar um casamento ou uma polpuda recompensa. Meu livro não virou filme, nem minissérie ou novela... mas quem sabe um dia vira um especial na tv local?





Mas ninguém escreveu minha história. Eu mesma a escrevo todos os dias quando acordo e decido o que vou fazer. Luto com a preguiça para ir à academia que só é vencida depois que lembro quanto pago por mês para usufruir da tortura consentida... Escrevo minha história e sei quem fará parte dela. As contas estarão suadamente em dia, os prazos justos, mas cumpridos... estarei com pessoas que amo, apesar de algumas estarem distantes fisicamente... Encontrarei com minhas amigas e ouvirei suas histórias e me inspirarei...





Pois é, sou uma mistura de mocinha e vilã que não anda de salto, que mente de vez em quando e que quer, acima de tudo, ser feliz.

domingo, 10 de julho de 2011

ODEIO O INVERNO

ODEIO O INVERNO

Não, nem vem que não tem. Não me digam que o inverno é a estação ideal pro namoro, pra fazer amor... Tirar a roupa é uma coisa absurdamente difícil nestes dias frios do sul... Tem gente que gosta de inverno... Tudo bem, há pessoas que gostam de côco, não comem carne... e nem por isso deixam de ser minhas amigas...

E o que a gente usa por baixo então? Deus do céu... Com certeza se eu caísse na calçada, rachava o calçamento e não conseguiria me levantar. Ia ficar tal qual uma tartaruga virada com o casco pra baixo... Acaba-se por andar como lutador de sumo pronto pro combate... Até já pensei em sair de focinheira ou burca: meu nariz, com certeza, é a coisa mais gelada da cidade... Fora outras extremidades que aqui nem cabe falar...

E ao tirar a roupa na hora do ato amoroso???? Uma amiga disse que não tira as meias nem por decreto... Imaginei a cena: nua e de “carpim”! Broxante ao extremo. Imagine você tendo que tirar peças e mais peças diante de um novo namorado ou namorada??? Duvido que o “furor” dure: tira o casaco, a blusa, a calça, o cuecão (ou cuequinha), segunda pele, o sutiã... Já roxa de frio quer mais é se enfiar debaixo das cobertas! Mas o ritual sexual pede exibicionismo e esfregação... e as mãos, com certeza, num gelo de dar dó... ou pneumonia.

Prefiro o verão em que a gente sua em bicas, fica quase desmaiando porque a pressão vai lá no pé... tem que tomar banho de duas em duas horas... fica pegajosa... hum, delícia...

As pessoas ficam mais elegantes no inverno? Não quero elegância, quero é conforto. E a dor nas costas? Quando vemos já estamos quase beijando o próprio umbigo de tanto que nos encolhemos... Acho que neste inverno já perdi uns dois centímetros... Ainda não descobri o que é pior: a) levantar cedo? b) tomar banho? c) ir ao banheiro? d) lavar as mãos? e) todas as alternativas? f) mais alguma????????

Um amigo me falou que é dormir sozinho... Tudo bem, mas no verão então vai fazer o quê? Separar? Talvez o número de casamentos aumente nesta época... pesquisarei...

Prefiro dormir de meia, cachecol, moleton, quase que embalada à vácuo pra ter de praticar o esforço hercúleo de levantar da cama no outro dia sem a ajuda de um guindaste... Adoro tomar banho e lavar o cabelo (banho sem lavar o cabelo não é banho...), por isso odeio o inverno. Pra isso até a gente tem estufa, mas quase me incinerei com ela umas duas vezes nesta semana...

E aí vem um moçoilo todo cheio de terceiras intenções querendo levar você pra um lugar quentinho???? Em hipótese nenhuma... Lugar quente só na cama da gente, sozinha e com uma providencial bolsa térmica... e só!

O resto? É trabalho, obrigação e ter que dar satisfação porque hoje quer ficar de meia e pronto!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A INVEJA É UMA M...

A INVEJA É UMA M...

Quem disser que beleza não é fundamental está errado. Diria que não é 100% fundamental, mas que faz uma grande diferença, faz. Uns 99%...

O que nos atrai em um primeiro momento é o exterior, é a aparência da pessoa. Se ela está bem vestida, se está bem penteada, se tem as unhas aparadas (no caso de homem, e não me venham com unhas feitas e com base incolor...eca), se o sapato é de boa qualidade (homem de novo), porque se estiver “detonado” imagine só o resto que está escondido...Caramba, uma cueca coador...elástico cansado...imagem dantesca veio a minha mente agora...

Não importa se ele faz a linha “mauricinho”, se é ou finge ser. Se ele faz a linha “rapaz despojado” ou “estagiário de plantão”... Olhamos a casca, porque pra se saber do conteúdo, só com aproximação... Se a casca não atrair...sem chance. As atitudes também contam, porque se ele for muito espalhafatoso ou se for muito “na dele”, teremos dificuldades ou facilidades...

Mas o negócio do sapato é verdade. Está certo que no dia-a-dia dificilmente o sapato ficará em perfeitas condições, principalmente se a criatura morar em uma cidade com calçadas em “petit pavê”, se estiver em obras...As mulheres penam com seus saltinhos e os homens acabam por estragar os bicos dos sapatos nas pedras mal assentadas...

Aí a gente olha pro rapaz bonitão de terno, o rapaz bonitão sem terno...o que não é tão bonito, mas está com aparência de quem acabou de sair do banho, cheiroso... e se diverte achando que está escolhendo...talvez estejamos sim sendo escolhidas...

E surge aquela moça... aquela que trabalha no mesmo prédio que você, no sétimo andar... Ela é linda, loira, magra, usa uma maquiagem extremamente adequada, roupas justas, mas sem exageros (porque ela pode...ai, inferno) e o pior de tudo: ela é simpática, inteligente, agradável...

Tem alguma coisa errada aí...

Bonita, inteligente sem ser pedante, amável sem ser chata, com uns dentes que tem que ter tido um aparelho por trás...ninguém nasce com dentes assim... O loiro não é natural? Não importa, ela é a única que você conhece que pode ficar com as raízes bicolores e continuar linda...

Até quando ela está com algum problema, compenetrada, séria ou fazendo beicinho...consegue continuar imaculada...

Que ódio...Ódio nada, inveja pura...E nem me venham com a história da inveja branca...inveja é inveja e pronto.

E daí admitir isso? Quem em sua sã consciência nunca invejou alguém? Quem nunca desejou ter o namorado da colega, o sapato da amiga, o carro da vizinha, o apartamento da Suzana Vieira, o marido da Angelina Jolie? Nós mulheres que temos um coração palpitando em nosso peito, que temos sangue nas veias, cobiçamos sim...mas poucas dão “a cara a tapa”... Mas este sentimento acaba fazendo com que a gente progrida, porque reencarnar não dá, mas caprichar na dieta e num clareamento dental...

Mas ainda há esperança...você descobre que ela tem defeito: umbigo torto...Oh, glória!

sábado, 2 de julho de 2011

MULHER-PEIXE

MULHER-PEIXE

Você tem uma amiga “Mulher-peixe”? Ou você é uma “Mulher-peixe”? O que é isso???? Já lhes digo... Não tem nada a ver com cheiro... sem baixarias, por favor...

O caso em questão é que peixe não tem memória recente. Por isso quando é pescado e jogado de volta ao mar, lagoa, tanque, logo, logo é pego de novo ao ver uma isca balançando em sua frente.

E aí que me vem à mente aquela mulher que toda vez que vai pra “balada” vê as iscas em sua frente e sempre escolhe a pior. Ou o cara tem kit e mente que não tem, ou não quer nada com ela e finge que quer... Ela escolhe sempre o cafajeste. Depois que percebe o erro que cometeu, cai fora, jurando não cometer o mesmo erro novamente... Mas como toda boa “Mulher-peixe” essas promessas são esquecidas quase que imediatamente... Diria que em uns 20 minutos...

Ela vai pra pista e observa as iscas-meliante passarem e se insinuarem... E lá vai ela... cai em outra. Outro cafajeste pra fazer parte da lista mal sucedida da noite.

Quantas vezes você já não agiu assim??? E todo mundo a sua volta percebe que você está se “funicando”, avisam-na e você dizendo que sabe o que está fazendo, que em outra não embarca... Mas, como? Se você nem lembra direito como aconteceu na vez anterior????

Existem muitos “Homem-peixe” por aí, mas as cabeçadas deles não são vistas como burrice, apenas como mais uma marca na funda. Já, para as mulheres... Está aí coisa que me revolta: pras mulheres é feio, pros homens, é experiência, tudo bem!

A mulher aventura-se, tenta ter alguns casos, experimentar algumas companhias pra encontrar alguém (afinal não está escrito no melão que ele está no ponto, só provando mesmo) e é mal vista.

O homem não, para ele tudo pode! Até desfilar com as eventuais vítimas, desfilar com as “Mulheres-peixes” que a noite (o dia, a tarde, o mercado, o barzinho...)lhe proporcionou (na verdade nem foi a sua habilidade masculina... é justamente a falta de memória das criaturas, o baixo nível de exigência e o alto de carência...). E os outros, a sociedade, nem vão perceber, entretanto se perceberem, vão dizer que ele está certo, que ele tem mais é que ser assim, “prendam suas cabritas porque o bode está solto...”

Machismo da sociedade. O homem que aí está teve centenas de anos pra forjar sua imagem, sua armadura... A mulher está engatinhando em suas tentativas... e sendo pessimamente julgada toda vez que tenta conseguir um par e não obtém êxito.

Como tentar deixar de lado a alcunha “Mulher-peixe”? Pois bem, regra nº 1: nunca saia sozinha. Procure estar com uma amiga que tenha uma memória melhorzinha que a sua...

Regra nº 2: evite queijo... Já me disseram que é péssimo para a memória... Vai ver que é por isso que eu me esqueço de pagar minhas contas...