segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

VAIDADE EM QUALQUER IDADE

Os anos vão passando e a idade vai pesando. Outrora comer um boi pela perna no final de semana e ganhar uma barriguinha, uns quilinhos, era facilmente perdido durante a semana. Agora, um prazer momentâneo de um chocolate a mais ou uma cervejinha... é sentido (e lamentado) por muitas semanas... O metabolismo vai mudando, vai ficando mais lento... O manequim muda, a testura dos cabelos também, a pele, a cor dos dentes... Mas o que não pode mudar, de modo nenhum, é a nossa vaidade...
Sabemos que a mulher é muito mais cobrada que o homem. A mulher tem que estar sempre linda, impecável... Engordar? Jamais! Dizem que há dois destinos na velhice: secar ou emporcar... E também dizem que as orelhas e o nariz são as únicas coisas que continuam crescendo na gente... Também já ouvi que quem tem orelhas grandes vive muito mais... Portanto, quero virar Dumbo. Quero viver muito, mas com saúde claro.
Gostaria de poder me espelhar nos velhinhos que vi outro dia quando assistia ao Jornal Nacional. Em torno de 73 anos, eles ainda continuam na ativa, mas não por precisarem do dinheiro para custear seus remédios, casa, comida... Não. Lá não existe o mal fadado Fator Previdenciário, projetos para reajustes das aposentadorias que são ignorados...Lá não existe desvio de verbas... Lá o cidadão se aposenta e trabalha porque quer. Sim, já houve crises. Não estou dizendo que os EUA sejam o paraíso e que o Brasil seja o inverso.
Não quero e não tenho a menor vocação pra viver fora do país que eu tanto amo. Ouço várias pessoas insatisfeitas dizerem que o país é uma m... Não, meus queridos, o país é maravilhoso. O que é de uma substância comum que encontramos em nossos banheiros são alguns políticos... Entretanto, creio que talvez nem mereçam esse tipo de comparação... porque com m... fazemos adubo, que é extremamente útil.
Não me envergonho de ser brasileira. Não me envergonho de acreditar no país. Não me envergonho de ter votado em pessoas que não foram eleitas... Tenho uma certa “vergonha alheia”... Mas não aquela vergonha que a gente sente quando vê alguém “pagando mico”... Tenho vergonha pelos que praticam atrocidades com o aval de uma parcela pobre e carente da população. Tenho a vergonha alheia, a preocupação, e até curiosidade, de saber como certas pessoas conseguem colocar a cabeça no travesseiro e dormir. Talvez sejam como eu: não durmo com travesseiro. NUNCA! Fico com uma dor na coluna terrível. Meu pescoço trava... Mas durmo... e por mais besteiras que eu tenha feito no meu dia, sei que prejudicarei apenas a mim mesma... e não aos outros. Pago pelos meus erros... ninguém os paga por mim...
Não estou desviando do tema, não estou enveredando pra outros lados... é que a mulherzinha aqui não é somente fútil e ferrenhamente contra os homens. Alguns são úteis e necessários como, por exemplo, fazer supermercado ou trocar um pneu de carro... Mas fico indignada por ver que lá nos EUA os idosos trabalham por opção, o sistema de saúde pública funciona, a aposentadoria é digna...Os idosos trabalham pra se sentirem úteis e não para sobreviver...
Como concluir esse texto???? Bom, pra deixá-lo leve, digo-lhes que por mais que me custe caro, e exija o básico da higiene, serei uma velhinha sorridente, jamais sorringiva: quero envelhecer com todos os meus dentes... e mesmo que não necessite, quero uma bengala bem chique... Ah, e cabelos brancos não terei...pintarei até o último dia da minha existência... e minhas unhas serão sempre vermelhas.

Festa de 15 anos do jornal Volta Grande de Jacinto Machado/SC

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Acesso à coluna

Minha coluna pode ser acessada em dois sites:
www.voltagrandeonline.com.br (toda a quinta-feira) ou
www.jornalsemcensura.com.br (toda a sexta).

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

PRIMEIRO CAPÍTULO DE NOVELA

Ontem estreou o 1º capítulo da novela das oito, que agora dizem que é das nove... E, pelo que vi, será como todas as outras. E, com certeza, como dizem, vai “bombar”.
Vai ser um sucesso porque tem todos os ingredientes que o povo gosta: gente rica, bonita e fútil, gente querendo sucesso a qualquer preço, trapaças, amores repentinos e proibidos... Mas o que achei de um extremo bom gosto, o que salvou o capítulo, é terem usado Santa Catarina como cenário, pelo menos nos capítulos iniciais, porque depois tudo vai pro Projac, pra cidade cenográfica, como já é de costume da Globo.
A escolha do local não podia ter sido melhor, mas fazerem de Lázaro Ramos o “pegador” da hora? Ai, meu São Pafúncio... desculpem-me quem engoliu a “façanha”... mas Lázaro Ramos?????????? Acho que se levaram pelo sobrenome, porque o Tony Ramos era o “pegador” oficial da emissora...mas agora... os anos passam, os anos voam...pra todos nós, claro, e graças a Deus, né? E o Tony virou um urso idoso...
O problema é que bons atores são raridade... A gente tem uma safra razoável, mas eles são “sofríveis”, muito cheios de “caras e bocas”... (caramba, como estou usando aspas hoje... Prefiro usar no escrito, porque não suporto gente que faz os sinais delas no ar quando fala...ih, desviei...).
Mas falando no 1º capítulo... Tudo muito previsível e over. Já sabemos bem como as coisas vão acontecer. Já sabemos que alguém vai sofrer por amor, que alguém vai ficar pobre, outro alguém vai descobrir que não é filho de quem acreditava ser... Haverá muitas traições... O que mais novela gosta é de mostrar como é fácil “pular a cerca”. Como é fácil enganar ou fingir-se de ser enganado. A propósito, queria saber como a moça que foi “atacada” por Lázaro Ramos saiu do elevador depois de ter sua roupa destruída...
E voltando a falar no galã... O olhar dessa criatura? Adoro o Lázaro Ramos, mas neste papel, acho que estão querendo acabar com a imagem do coitadinho... Sempre foi um ator pra outro tipo de papel... mas “pegador”? Economizem-me. O olhar eu não consegui ainda decifrar... Um misto de ‘tenho miopia’ com ‘meu estômago dói’... Preferia o Alexandre Frota no papel. Certo, muitos não concordam... mas já o imagino de terno preto recebendo o prêmio da Débora Secco...Dando um ‘vem cá’ na Camila Pitanga...Este sim não deixaria pedra sobre pedra dentro daquele elevador... E pilotando o avião salvando a todos???? Nossa, a glória! Lembrei, nem sei o porquê do MacGyver...
Mas a emissora tem outros atores negros que são lindos e talentosos, e que teriam melhor performance no papel como, por exemplo: Maurício Gonçalves e Alexandre Morenno (fez o Justino no remake da Sinhá Moça). Gente, sou noveleira, certo? Perguntem-me nome de ator, história de tal novela... mas não me perguntem em qual artigo do Código Civil encontra-se tal assunto... Horrível dizer isso, mas é a mais pura verdade...
Bem, mas vai ser um sucesso, certamente. Eu já fiquei de olho no esmalte da Paola Oliveira, e no visual perua da Maria Clara Gueiros... Porque pra mim novela é passatempo e não filosofia de vida... Se assim o fosse, ficaria apenas com minhas amadas novelas mexicanas... Mas, por favor, tenho predileção pelas vilãs... odeio os tons pastéis das mocinhas.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

BIG BROTHER BRASIL

Mais um ano vem e tudo de novo: IPVA, IPTU, incertezas financeiras, incertezas profissionais, incertezas políticas, incertezas amorosas... mas uma coisa é certa... Certíssima como a morte e os impostos: o Big Brother Brasil.
O momento em que todas as atenções estarão monopolizadas pelo evento que arrebata milhões de pessoas no Brasil. Fórmula acertadíssima de reality show que foi copiada da Austrália. Hoje temos esse tipo de programa em várias partes do mundo... Vamos viver a vida dos outros, desejamos virar celebridade e por isso mesmo torcemos pelos anônimos que de uma hora pra outra viram o nosso primo, nossa prima... E nada de torcer pelo pobrezinho que precisa do dinheiro pra cuidar de sua avozinha varizenta que cria sete netinhos de três anos de idade... Não. Acabamos por torcer pelo que é politicamente incorreto, pelo que é hábil, pelo que é mais bonito.
Ficamos deslumbrados e invejando as festas, as facilidades com que ganham prêmios... Ficam naquele SPA maravilhoso sendo monitorados e correndo o risco de, se não ganharem milhões, pelo menos sairão dali para alguma revista (masculina ou feminina) ou pra fazer parte de algum elenco de novela... E o luxo da morada???? Piscina, sauna, academia... Porque quem gosta de ver pobreza é intelectual e nestas horas eu gosto de ser burrinha, burrinha.
Eu gosto de assistir ao Big Brother sim. Até certa vez tentei ingressar... mas meu objetivo para ganhar o prêmio era poder custear meu mestrado... Se eu tivesse colocado na gravação que eu queria fazer uma operação para trocar de sexo, talvez tivesse sido escolhida... mas querer o prêmio pra estudar??? Muito pequeno pros ideais globais.
Pois é, gosto, mas não sou cega. Gosto, mas não deixo de perceber que através desse programa, a classe dominante atinge o seu crucial objetivo: desviar as atenções da crueldade que se pratica contra os aposentados, do descaso pela saúde, pela educação... pelo povo em geral. Sinto-me como o gato que fica com um olho na sardinha e outro na brasa... E sei que tem muita gente que faz o mesmo que eu. Mas não venham apregoando que não gostam do programa e ponto. Pois até quem critica assiste. Se não assiste, pelo menos informe-se a respeito para poder criticar, porque críticas sem lastro são como sabermos apenas as manchetes de jornal... argumento é tudo.
Mas aí vem mais uma edição. Claro que farei o Pay Per Vew. SEMPRE o faço. Porque tem o carnaval e quero ver quem será escolhido pra sair e em qual escola... Quem será a boa da vez, o garanhão da parada... o queridinho do público... Tenho que assistir e também assistir aos programas que falam dos anteriores, saber como estão os antigos ganhadores... Alguns voltaram pro ostracismo, outros ficaram pobres de novo, e ainda outros que conseguiram multiplicar o milhão e viver de fama... Não gosta do BBB? Pois então, atire a primeira pedra quem não gosta, mas argumente. Não use frases de efeito como: “idiotizar e menosprezar a inteligência do povo”; “o povo gosta de pão e circo”... Não, não me venham com argumentos rasteiros. Admitamos que espiar a vida alheia é interessante. Mas muito mais que espiar a vida alheia é monitorar a vida dos políticos que elegemos e que têm a obrigação de nos proporcionar oportunidades para uma vida melhor.

domingo, 16 de janeiro de 2011

TAMANHO NÃO É DOCUMENTO

Não me venham com o dilema masculino “tamanho versus eficiência”. Eles desde cedo se medem e humilham quem não é bem provido. Rasteiro universo que elege como o “melhor” o que for o “maior”. Estou cansada de ouvir amigas que não concordam em nada com isso. Já ouvi a famosa frase de mais de duas dúzias delas: “melhor um pequenino brincalhão que um grande bobão!” O problema não é o tamanho, criaturas. Nunca foi! O problema é saber ou não usar. Mas desde cedo este erro é cometido, este pensamento falho e superficial é passado de pai para filho. Tamanho. E isso é levado até o fim das vidinhas deles... E quando o assunto é mulher... a coisa inverte radicalmente.
As moças que não tem o manequim 36-38 começam a ser vistas como párias da sociedade anoréxica consumista. Nada contra as magrinhas. Nada contra as chamadas “lolitas”. Tenho muitas amigas assim: magrinhas, magérrimas, esguias, esbeltas... Mas também tenho amigas que tem manequim acima disso.
Tenho amigas que são taxadas de “gordas”. Taxadas porque não estão nos padrões de uma sociedade que não tem cara de sociedade brasileira. Que importa um ideal de beleza absurdo e inatingível. Lembro de minha boneca Suzy. Ela sim era mais “aproximável” do que são muitas gurias hoje. Aí surgiu a Barbie. Também tenho amigas que se parecem em muito com essa boneca graças à genética e alguns bisturis. Todas lindas por dentro e por fora, mas não deixo de lado minhas amigas que eu diria que são minhas amigas “Barbies GG”!
Eu já fui gordinha na escola. Lembro bem que minha mãe me acordava às cinco da manhã, quando minha aula era às oito, para achar minha cintura para colocar a saia. E detalhe: nunca acertava. Eu ficava com cara de quem usava saia “santropeito”. Comia horrores e era obrigada a comer outro tanto, pois sou da época que criança saudável era criança gorda. Minha avó dizia: “fulana está bem, está gorda!” Mas daí que passei a escola com este apelido: “gorda”! e isso influenciou minha vida demais. Até hoje sempre me acho uns 4 ou 5 quilos além do que devia pesar... E aí que Deus colocou em meu caminho minhas amigas GG. E percebi como eu sou boba por me preocupar com isso. Calei a boca bonito.
Minhas amigas são lindas, exuberantes e sabem explorar o que Deus lhes deu a mais: curvas. Sem falar no bom humor e na inteligência. Elas se aceitam, independente do que muito homem babaca fala por aí. Uma delas inclusive (é linda por demais da conta) já foi “largada” porque tinha engordado. Engraçado que quando eles engordam ou ficam carecas, as mulheres não os abandonam. Aí estas mulheres que são tudo de bom começam a não se aceitar mais porque se veem com os olhos tortos masculinos. O bom é que um dia acordam e percebem que o maravilhoso é sermos diferentes mesmo. Nada de padrões, porque cada um é bonito a seu modo, a seu jeito, desde que se aceite como é.
Imagine uma legião de Barbies 36 e gurias com cara de Xuxa...Ou então com cara de Giseles... tudo a mesmice que mais me parece a marcha dos pingüins (até hoje não sei como as fêmeas reconheciam os machos). Para reconhecê-las creio que só se estiverem com o RG pendurado no pescoço. Não cansarei de repetir “ad nauseam”: viver não é arriscado, arriscado é ser você mesmo. E quem ousa e consegue, fatalmente será feliz, não importa o tamanho de seu manequim.

sábado, 15 de janeiro de 2011

OS HOMENS NÃO TEMEM A DEUS

Eu acredito em Deus! Tenho o hábito de orar sempre antes de dormir. É que há uma diferença entre orar e rezar... Bom, mas isto não vem ao caso agora. O que eu quero falar é a respeito dos indivíduos (homens) que mentem deliberadamente sem temerem um retorno, uma conseqüência... Mas se os céticos dizem que não há nada sobre nossas cabeças, algo tem de existir, pelo menos dentro delas: consciência.
Já ouvi tanta atrocidade, que temo por estas criaturas. Existem as mentiras piedosas, mas quando elas envolvem outras pessoas, eu me preocupo...Eles não temem a chamada “Lei da Atração”?
A coleção até que não cresce muito, sabe? Porque elas são utilizadas por pessoas diferentes, em ocasiões diversas. Mas são repetidas como se fossem a mais pura verdade. E os usuários acabam por acreditarem nas coisas que inventam. Pior é quando damos corda e eles se enrolam. A gente até se diverte com a falta de habilidade, pois administrar mentiras e mulheres não é pra qualquer um. Divirto-me e me enojo. Creio que é um misto de raiva e pena.
Raiva porque se nos julgam inteligentes, por que mentem de forma tão primária? E pena, porque eles não têm coragem de assumir nada em suas vidas e se colocam vítimas de situações e de sua própria covardia... Vejam a coleção:
1.Meu celular está com defeito, ele só recebe ligações (talvez seja falta de crédito, mas esta é bem antiguinha, né? Pior quando ele nos liga a cobrar. E um fixo? Ele não tem, óbvio. E à noite? O celular está sempre desligado...que estranho).
2.Podemos nos ver hoje? É que estou com saudades e tenho todo o tempo do mundo para nós. (o hoje é fatalmente um domingo à tarde ou segunda à noite. Nada de dia nobre. E ter todo o tempo do mundo? Chame-o um sábado à noite pra sair.)
3.Terei de viajar ainda hoje a serviço meu chefe está quase me demitindo (se ele fizesse tudo o que diz no trabalho e para o trabalho, já estaria riquíssimo).
4.Cheguei muito cansado ontem e quando eu vi já era de manhã, desmaiei na cama e esqueci o celular no carro (esta é outra clássica).
5.Ando estressado demais, preciso de um tempo sozinho, você é compreensiva e inteligente, saberá entender (ai, ai, ai...você é “inteligente” e não quadrúpede que zurra...).
6.Eu ligo pra você, tenha paciência, você terá muito a ganhar se souber aguardar (sim, terá a ganhar saco cheio... ou então fará tricô... já estaria abrindo uma lojinha com a quantidade de coisas que vislumbro ter feito se aguardasse...acho que estaria até exportando...).
7.Você é a mulher que eu desejo na minha vida, mas minha filha (o) está doente e não consegue aceitar que eu esteja saindo de casa... (pobres crianças, talvez até sejam problemáticas por conta do pai enrolão, se existirem, é óbvio).
8.Não posso sair de casa, pois minha mulher tem problemas psicológicos e ninguém consegue conviver com ela... não há ninguém que cuide dela (já imagino a cena: você de enfermeira e com chapéu com longas orelhas).
9.Eu e minha esposa só vivemos embaixo do mesmo teto. Não temos mais nada (esta então? Já ouvi quantas vezes?Nossa, nem sei, perdi as contas).
10.Fique fria, penso muito em nós. Nossa hora chega. (você já virou geladeira. E ele...pensa?).
11.Minha mãe morreu, por isso sumi uns tempos (nesta pode-se incluir, pai, tio, avô, avó, primo do vizinho, amigo de infância... e olha que ele fica até com os olhos marejados...pobrezinho. Isto quando não é ele que esteve internado por conta de uma virose).
12. Nunca traí minha esposa, esta é a primeira vez. Sou um homem correto (rsrsrsrsrsrsrsrs só rindo desta mesmo. E ainda faz beicinho e cara de santo).
A vontade é de mandá-los se benzerem (para não mandar pra outro lugar...), porque tanta falta de sorte pode ser até contagioso... Deus nos livre e guarde! Já não basta nos preocuparmos com nossas vidas, com a fixação do esmalte, as raízes bicolores, as ações na bolsa e o efeito estufa?

Virou dica de presente!

Saiu no Correio do Povo!

Na vitrine do Sebo Alternativo em Criciúma/SC

Na vitrine da Livraria Fátima em Criciúma/SC

Saiu no "A Hora do Sul" de Criciúma/SC

Saiu no Semana News!

Saiu no jornal Sem Censura de Araranguá/SC

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

INTERVALO?

Muitas pessoas acham que entre um e outro relacionamento temos de dar um tempo, temos de fazer uma espécie de intervalo. Recobrar as forças, fazer um inventário das perdas e ganhos, dos ônus e bônus... Vermos no que erramos. Prestarmos a atenção em que poderemos melhorar, abrir mão ou não... Perceber o que aprendemos...
Mas creio que não devamos fazer intervalo nenhum. Esta história de se recolher pra descansar... descansar de quê? Recarregar baterias??? A gente faz isso com celular, carro... sei lá... Pessoas são diferentes...
Isso tudo pode nos levar a ficar um longo período sozinhas e cairmos em roubadas maiores e piores... Sabem por quê? A carência. A solidão. A angústia...
Mulher quando fica muito tempo sozinha só faz bobagem. Fica tão carente que qualquer coisa que lhe acene pela frente ela já embarca, acredita e se ferra... Qualquer “minha linda” já faz os olhinhos brilharem e a gente ter vontade de se pendurar num pescoço masculino...
O intervalo, a pausa, o marasmo, a “seca” faz com que acreditemos que um olhar seja prenúncio de chuva... Ficamos acreditando que todos podem ser o “esperado”...
Temos de nos exercitar, temos de estar em constante movimento... Como quem faz academia diariamente: quando paramos nos finais de semana a segunda-feira nos dá uma sensação de que NUNCA malhamos, de que estamos enferrujados...tudo dói e a preguiça é IMENSA!
Várias queridas amigas já me falaram que ao término dos relacionamentos elas também sentem preguiça... “Nossa, começar tudo de novo?” “Ter que me vestir de caça e fazer de conta que não estou também caçando?”
É, gurias, as coisas são trabalhosas, cansativas... às vezes nem tanto. Tenho amigas que mal saem de um relacionamento e já conseguem rapazes incríveis, quer dizer, relativamente incríveis...porque a mesmice impera... Só o tempo é que é diferente: alguns são incríveis por algumas semanas, outros por dias, e tantos outros por horas...
O negócio é estar a vista, ou seja, não temos que nos esconder e nos entupir de sorvete porque um qualquer nos dispensou... Não temos que ficar em casa encharcando fronhas, lenços porque algum serzinho não percebeu como somos incríveis... Temos sim que encharcar nossas malhas na academia, nossas camisetas em caminhadas...nossos vestidinhos nas baladas, dançando e mostrando a que viemos.
Viemos ao mundo pra aproveitar todos os momentos. Não temos que ter medo de nos machucar, pois a vida é feita de novas descobertas, tentativas... evolução. Mesmo que encontremos sempre os mesmos tipos caninos. Alguns são mais, outros menos.
Não podemos desistir ao primeiro ‘não’, ao primeiro ‘fora’, ao primeiro e-mail covardemente enviado nos dispensando... ao MSN bloqueado igualmente sem nenhuma coragem por parte do indivíduo.
Tudo é exercício, bagagem, experiência. Estas coisas fazem com que aprendamos e até com que tenhamos umas conversas mais engraçadas e interessantes com nossas amigas. Quantas vezes você já não riu com elas ouvindo e falando sobre suas decepções amorosas, ou os tipinhos estranhos que já cruzaram seu caminho, ocuparam seus dias, sua agenda do celular ...
Portanto, decreto: NADA DE INTERVALO. Vamos numa sessão contínua. Continuamente proveitosa, enriquecedora, engraçada... Exercitemos nossa paciência, afinal não é só nosso corpinho que tem de estar “sarado”. E continuemos tentando...
Imagine só o que teria sido da humanidade se na primeira tentativa mal sucedida Santos Dumont desistisse do avião... ou Graham Bell do telefone... ou então, os irmãos Charles e Joseph Revlon desistissem do esmalte. Creio que aí sim presenciaríamos o fim dos tempos.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

APÓS AS FESTAS

Mais uma vez você fez M... E uma daquelas bem grandes. Parece até que você fez streaptease na Santa Ceia ou colou chiclete na cruz... Na verdade, você nunca foi politicamente correta, sempre faz estas piadinhas questionáveis e polêmicas. Ainda bem que os defensores da Lei da Maria da Penha não a escutam e quem a conhece acha que você está sempre brincando...”acha”, porque muitos sabem que é verdade tudo o que você diz... Mas, daí que as festas passam, em especial, o Natal.
O Natal passou, hoje é dia 25, ontem a casa repleta de parentes e amigos, mas uma ausência foi percebida e você com um sorrisinho amarelo explicou a falta: seu novo namorado foi passar o Natal com o remelentinho dele. “É assim mesmo, né? Você sabia que ele tinha kit, minha querida...” Disse pela milésima vez sua mãe com sua tia e prima fazendo coro...
Está aí o preço de se envolver com um homem com kit. E o pior: a ex dele também está por lá onde quer que ele se encontre agora... Afinal, o fedelho tem menos de 10 anos e não mora sozinho... nem ao menos está na Febem...ou é algum guri prodígio que vive em uma mansão e tem um programa na TV... Não, sua vida é normal e comum até demais... Tão comum que é igualzinha às demais mulheres que você conhece em sua faixa etária e que são divorciadas... Todas elas enfrentam os kits... Todas elas enfrentam os problemas advindos de namorados que já constituiram família antes de se envolverem com elas...
Você tem kit? Talvez tenha um filho, um gato que chama de Eugênio, ou um canário que atende por Timóteo... Ou quem sabe uma tia varizenta e solteirona que viu em você a única companhia pacienciosa e sem lucidez alguma que a aturaria em sua velhice...
Mas ele tem kit... e por mais que você faça faxinas anuais, vá correr na praça pra depois poder se entupir de panetone de chocolate (a pior coisa que já fizeram com este néctar dos deuses: transformar chocolate naquele pão perfumado e azedo...), mas você se consola desfiando o peru pra que vire salpicão no Ano-novo, ou molho de macarrão, ou qualquer coisa insuspeita pra acompanhar uma maionese engordurada numa torrada...
Você se distrai terminando leituras rasteiras de auto-ajuda e pensando em métodos mirabolantes de dieta que já está colocando em prática... O chá miraculoso já foi devidamente preparado, as 70 ervas darão cabo dos 2 pratos de arroz à grega, farofa e incontáveis fatias de peru ingeridos vorazmente, pois uma dor de estômago poderia ser providencial e desviar seus pensamentos das recaídas do novo namorado...
A internet pode ser também uma distração, já que você não saiu ainda daqueles sites de namoro... Você disse que abandonaria a vida dos chats, que não teria mais recaídas... Mas é melhor você ter logo, logo a sua... Sabe-se lá se o seu querido namorado não teve a dele... O Ano-novo estará aí... ele também, afinal a virada é com você...
Ainda bem que você não fez a tal afamada faxina em seus contatos de MSN... todos cacos, mas durante um naufrágio, é melhor esticar a mão e encontrar unzinho nem que seja pra lastimar depois e rir um pouco com suas amigas...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

PELA LEI DO MENOR ESFORÇO

Já passei muito trabalho e entrei em muitas roubadas nesta minha vida... e do auge dos meus 45 anos (com corpinho de 44), aviso: não me convidem pra Programa de Índio.
Quem já não foi ao shopping num sábado à tarde? Não, por favor, nem pensar. Só se eu estiver no auge da solidão e da autodestruição... E ainda procurar um lugar na praça de alimentação às 13 da tarde e querer almoçar a tempo de pegar a primeira sessão de cinema no primeiro final de semana daquele lançamento badalado???? Se me encontrarem nesta situação, internem-me já. Estou na última das últimas de um surto qualquer...
Viradas de ano na beira da praia? Já passei pra NUNCA mais. Certa vez em plena Barra da Tijuca no Rio de Janeiro quase celebrei a meia-noite na fila do banheiro público, pra chegar lá e descobrir que as mulheres também têm problema de pontaria e papel-higiênico é artigo de luxo. Mais fácil encontrar um homem honesto do que papel nestes mictórios... E fazer xixi na beira da praia? Você consegue uma cistite por ter enfiado os pés na água gelada e lembrará da virada umas duas semanas depois, no mínimo, tomando medicamentos e tornando um infortúnio toda a ida ao banheiro...
Algumas amigas vão de saia, vestido e se “aliviam” na beira da água. Todo mundo sabe o que todo mundo faz quando vai pra beiradinha e ainda dá a “agachadinha”. Os homens têm postes, muros... Só os invejo nisso: fazer xixi em pé. Aí a gente vai para a praia e entra o ano literalmente “mijada”. Meu Deus, que bons augúrios, hein? Uma amiga minha ficava morrendo de sede, à beira da desidratação, só pra não ter que ir ao banheiro nestas ocasiões... Quando chegava em casa tenho certeza que urinava flocos de milho, pois comer comia e demais... Fora o carro que fazia com que fossemos umas cinco horas antes pra encontrar um lugar apropriado e seguro e voltássemos pra casa bem depois da virada, pois o trânsito era outra Via Sacra...
Já fui ao Terreirão do Samba, pertinho do Sambódromo... Não me invejem... Tratou-se de uma tentativa vã de manter meu casamento, pois meu marido (nossa, e pensar que já fui casada... numa outra vida menos inteligente...) iria sem mim... e eu iludida bancava a companheira, claro... Pra quê? Pra enfrentar os banheiros públicos, qual Hércules em seus doze trabalhos. Via-me na condição de nunca ter conseguido abrir aquelas portas com o poder da mente, ficar sem respirar algum tempo e, se lembrava de levar algo para suprir minha higiene, lavar as mãos seria o pote de ouro no final do arco-íris. Fora a vez que desfilei na Beija Flor e acabei toda esfolada nos ombros por conta da fantasia e quase com um furo no cérebro: o enfeite da cabeça foi amarrado de tal forma que certamente algum neurônio foi comprometido... se não eu não teria chegado ao final da avenida... Óbvio que a fantasia eu ganhei. Não teria gasto um centavo com tamanha inutilidade... neste ano a escola ganhou... E vocês acham que eu fui ao desfile das campeãs? Nem pela TV queria relembrar tal martírio...
Estes shows que assistimos na TV? Um povaréu com os braços pra cima, todo mundo suado, isso sem falar das mãos na bunda e tentativas de roubo... Tem também a epopéia de ir ao banheiro (meu Deus, problemas com o intestino? A idade permite, claro...) e tentar inutilmente encontrar as pessoas com as quais você foi ao evento... Nem tente... só se todos forem juntos e aí você vai ouvir críticas e recriminações...
Acampar? Só se você odiar sua casa ou se quiser se reapaixonar por ela. Sapos no banheiro? Pererecas no seu biquíni? Só permito uma no meu...
Prefiro ficar no recesso de meu santo lar. Ver shows e filmes pela TV. Tudo ao meu alcance... pois nem à cinema tenho paciência para ir...Sempre há um cabeçudo ou cabeçuda na sua frente, ou o ar condicionado está frio demais, ou nem existe e alguém esqueceu que banho a gente deve tomar regularmente...
Não, criaturas, economizem-me... O máximo de aventura a que me permito é tentar fazer o salário quitar todas as contas... mesmo tendo aprendido a viver no limite... e além dele, sempre...