sábado, 28 de janeiro de 2012

A INDISPONIBILIDADE

A INDISPONIBILIDADE

Quantas vezes passamos por um marasmo, um ostracismo social... E aí, num belo final de semana, três festas em pleno sábado e quase que na mesma hora. E o pior detalhe: locais absurdamente distantes o que torna impossível uma passadinha básica em duas e se deixar ficar na terceira...

Ou então, procuramos aquele que será O VESTIDO da festa de formatura. Andamos, andamos, andamos e quando estamos a ponto de desistir... encontramos pelo menos uns cinco em uma mesma loja. Todos lindos. Cada qual com seus detalhes particulares, reveladores e surpreendentes...Pois bem, o mesmo ocorre com os relacionamentos.

Passamos por uma seca de dar dó, uma estiagem emocional nauseabunda (nossa, que termo terrível). Estamos jogando pedra em avião, encarando um ‘homem muleta’ como sendo o eleito da temporada... E aí que encontramos alguém.

Óbvio que com algum defeito: ou tem kit, ou mora longe, ou não gosta de beber, ou bebe demais... mas, enfim... encontramos alguém.

Alardeamos nossa indisponibilidade para o mercado. Estamos felizes... Então aparecem homens de todos os lados: no elevador, um novo vizinho no seu prédio, aquele colega de profissão que nunca tomou conhecimento de sua existência...

Os ‘renascidos do MSN’ pipocam feito erva daninha...Os torpedos vem aos montes... com as mesmas palavras, mas de remetentes diversos. Todos estudaram a mesma cartilha da cafajestice, que a gente bem conhece, pois já quis ser vítima um zilhão de vezes... As mesmíssimas palavras: estou com saudades de você; oi, linda...por onde andas...; pensei em você ontem...

E quando a gente cruza com eles inadvertidamente em uma balada? Não estamos mais a caça... apenas estamos por ali pra ver o movimento, acompanhar as amigas, falar umas bobagens...E o rapaz vem com a tal amnésia oportuna... não lembra quando nos falamos da última vez, mas que ele está com saudades, está... Bem conveniente... Porque a gente não quer, claro...

Não. Alto lá! A indisponibilidade amorosa é afrodisíaca.

É aparentarmos não estarmos nem aí que nos tornamos o prêmio da rifa, a sena acumulada...

Não... nem tente entender os homens, criaturas com uma necessidade absurda de serem notadas.

Eles precisam nos disputar pra melhorar seus problemas de auto-estima.

domingo, 22 de janeiro de 2012

A MULHER QUE PERDOA A INFIDELIDADE

A MULHER QUE PERDOA A INFIDELIDADE
Estava pensando nos seres evoluídos... Nestes seres que perdoam fácil, se reconciliam sem ter havido uma verbalização real de perdão... Estas mulheres ficam em uma situação de poder, do tipo: ‘o homem está nas minhas mãos’! O homem vira um agradecido...e a mulher??? Algoz.
Quantas histórias já ouvi de homens que traíram suas esposas, namoradas, namoridas... e voltam para o seu convívio. Homens que saíram de seus lares e ao adoecerem ou verem que a outra não era o que eles esperavam, voltam pra casa, voltam pros braços das criaturas magnânimas que os aceitam sem piscar os olhos...Fico pasma ao ver que as mulheres os aceitam sem ao menos os questionarem. Algumas aceitam e ‘jogam na cara’ na primeira oportunidade (mais terrível do que os aceitar). Se aceitou o meliante, que engula o motivo da traição, o fato... porque se não... infernal relacionamento à vista (e a prazo também).
A história da humanidade é feita de uniões, rupturas e re-uniões... A todo momento as pessoas estão pedindo desculpa, perdão... Há pessoas que pedem ‘desculpas’ tão fácil, que a real acepção do que isso significa se esvai...acaba virando uma expressão muleta, um vício de linguagem...
O perdão nasceu da religião... O confessionário católico nos serve de modelo. Um grupo de pesquisadores norte-americanos (claro, sempre eles) foi separando o aspecto científico do que é produzido nas pessoas no momento em que elas perdoam e no momento em que elas negam o perdão. Há inclusive uma relação entre as pessoas que não perdoaram e doenças, pasmem!!! Também cientificamente comprovado! Várias doenças foram comprovadas: câncer, tuberculose... Mas e o cinismo fica onde? O cínico acaba por ‘viver bem’, porque ele não fica com nada lhe ‘comendo por dentro’. Ele vai se transformar em um agressor.
Por exemplo, o homem cínico que sempre nega à mulher que a traiu. Mas ele está num relacionamento sendo um hóspede, um escravo da mulher. Ele não consegue ter uma individualidade pra buscar sua vida. Se ela é algoz dele... ele acaba sendo escravo dela.
Mas o ato em si é imperdoável... quem se pode perdoar é a pessoa. O ato está gravado na mente de quem foi traído. O que se pode, mas dependendo da situação, perdoar-se é o ser que delinquiu. Só que torno a dizer: pessoas que perdoam, são seres evoluídos. Seres ‘novela das oito’!
Mas infidelidade é infidelidade de qualquer jeito. Olhar apenas... sair só pra jantar... conversar... Trata-se de quebrar um código de ética. Excluir-se quem se relaciona com um terceiro... Traição. Não me venham com o papinho de que se foi só pela internet, ou pelo telefone, ou telepatia... Não houve troca de fluidos, não houve contato físico...Igualmente houve uma quebra de confiança... Houve traição sim.
O desejo aflora como uma erupção vulcânica??? Toda infidelidade é um sintoma de uma crise entre o casal. Ponha na balança... E se o traidor é compulsivo? Que vá se tratar... Meninas, não temos vocação pra gerenciar clínicas de reabilitação...

sábado, 14 de janeiro de 2012

TRES QUILOS A MAIS

TRÊS QUILOS A MAIS

O que há de comum em todas as mulheres? Não, não é a inteligência, o senso de humor peculiar... O desejo de andarem sempre bem arrumadas ou, pelo menos, com algum acessório diferente...

Também não é a falta de paciência com os homens que não tem lá muito intelecto... na verdade, é até difícil encontrar um que tenha a capacidade de nos corresponder... A não ser que estejamos com expectativas ínfimas e desejos rasteiros...

Não... o que iguala todas as mulheres é o pavor, quase que doentio de aumentar o peso... O medo indescritível de subir em uma balança e perceber que o ponteiro não pára de subir... E aí que descobri que depois de uns seis meses de fuga e de despistar o tal aparelho... cedi a um apelo da vaidade... achando-me esguia... O ponteiro me detonou: 03 quilos a mais... Os tão amados 50 deram lugar a tão abomináveis 53...

Pensei nas vantagens: agora posso doar sangue...Antes não poderia, porque nem 50 mesmo eram... As roupas estão mais ajustadas...em certos lugares...Pra que me enganar? Pra que me iludir? Engordei e ponto. Só o que falta é o namorado me chamar de ‘gostosa’... aí é a treva ao cubo!

Começar por onde? Passar fome? Que nada. Já se sabe que quando ficamos tempo demais sem comer, o metabolismo cai e a gente não emagrece, apenas engorda mais ainda, pois a fome torna-se absurda às portas das principais refeições... Há dietas estranhas por aí... mas saúde é tão fácil de se perder...

Malhar mais? Bom, é o que eu tenho feito... alongamentos incríveis de dinheiro pra que ele consiga quitar todas as contas do mês...e ainda sem nenhum aquecimento.

Nem adianta ficar trocando o guarda-roupas, comprando um número a mais e se iludir que a numeração de hoje em dia está toda errada... Que o 40 de hoje é o 38 de ontem e que quem veste 42 é porque não gosta de nada muito apertadinho... Cruzes!

Pensei muito no que minha sábia prima me disse certa vez em que viu o ponteiro da balança mexer-se mais do que devia: Se a gente come sem culpa, a digestão é muito mais fácil. Cientificamente comprovado que o organismo assimila melhor os alimentos e conseguimos, consequentemente, ficar apenas com os nutrientes deles. Por isso que pizza, chocolate e outros afins, não engordam se colocarmos em nossa mente que estes alimentos não tem este poder!”

Ah, se fosse verdade... Pois como não é...o remédio é fechar a boca e malhar dobrado. E fazer as pazes com a balança daqui a mais uns 3 meses, porque a gente sabe que perder peso rapidamente, e com alguma química, é pura enganação...

Ai, gente...estou em crise! Três quilos a mais???? Preferia o nome no Serasa, no SPC... Ficar sem acetona e algodão em casa... Ah, não... sem acetona e algodão??? Fico com o sistema de proteção ao crédito mesmo... A abstinência de pintar as unhas é pior do que qualquer dieta... Prefiro ser a ‘fofinha’ de unhas vermelhas...

domingo, 1 de janeiro de 2012

OS EX DEVERIAM MORRER

OS EX DEVERIAM MORRER

Ao ouvir tal frase vindo dos lábios de minha tão sensata prima (agora nem tão sensata assim)... choquei!

Imagine se todas as pessoas que nos magoassem deixassem de existir??? Só na minha cidade já haveria uma densidade demográfica ínfima...

Minha prima veio com esta e explicou o porquê de sua tão estranha declaração. É mais fácil aceitar que um meliante de nosso passado (recente ou não) morra, do que deixe de estar conosco por vontade própria. E ter o infortúnio de encontrá-lo mais feliz ao lado de outro alguém... pior ainda.

Isto talvez fizesse com que as clínicas psiquiátricas minguassem de pacientes...Faria com que o uso de anti-depressivos diminuísse entre muitas mulheres que eu conheço...

Não, não se abismem (sempre gostei desta palavra ‘abismar’), porque as pessoas nunca admitem que preferem ver o outro pelas costas por contingências do destino do que por nossa vontade (ou dele). Há uma série de relacionamentos que não terminam porque a mulher (ou homem) não tem coragem de colocar um ponto-final. E se por ventura o outro vem a falecer, só recordamos dos momentos bons com aquela pessoa...

Os que falecem viram santos, viram perfeitos... parece que a morte é a redenção por seus crimes, seu descaso com relação à mulher, namorada, filhos, família... Uma idolatria ao defunto-meliante pode ser uma boa saída, afinal... o pobrezinho morreu antes que pudesse nos dar mais um pé (ou nós a ele).

Quando um relacionamento termina, parece que temos que passar por uma espécie de despedida emocional... Muitas mulheres nem conseguem se sentirem abandonadas e logo encontram outra paixão. Outras conseguem passar por ‘lutos’.... e depois de umas semanas de ‘nojo’... aparece outro meliantezinho.

“Quando alguém me deixa parece que fui reprovada em alguma matéria na graduação do relacionamento.” Caramba... outra pérola. Mas a sensação de reprovação toma corpo quando isso acontece várias vezes e com vários professores diferentes...

É o péssimo hábito de acharmos que a culpa de algo não dar certo ser sempre da gente. O outro está correto, o modus operandi é o mesmo e a gente é que não se esforçou nem em ‘colar’ espertamente no teste...

E o que mais nos dá vontade de sepultamento é justamente encontrá-los anos depois...mesmo que estejam mais gordos, mais velhos, mais feios do que no passado em que nos ‘embeiçamos’ por eles... O reencontro reabre umas feridas estranhamente nostálgicas... mesmo que tudo tenha sido bem resolvido...

Mas Deus é um ser extremamente inteligente... se nos desse experiência e entendimento com tão tenra idade... pobres meliantes. Hoje a maturidade nos traz benefícios... pena que a ciência ainda não tenha criado o cimento dermatologicamente testado e injetável... flacidez é a treva!