segunda-feira, 30 de maio de 2011

EU POSSO VIVER SEM VOCÊ...SÓ NÃO GOSTARIA

Esta fala da personagem interpretada por Jennifer Aniston no filme “Dizem por aí”, fez-me pensar em algo crucial que a gente ouve muitas pessoas proferirem aos quatro ventos... Amar ou depender?
Já vi muitas amigas definhando porque um amor terminou, porque se separaram, porque gostam de alguém e este alguém não partilha o mesmo sentimento...
As pessoas fazem do ser amado objeto central de suas vidas. Parece que gravitam em torno dele e que tudo tem sentido somente se estiverem com ele (ou ela). Quer dizer, na verdade é mais a mulher que age assim. Dificilmente vi homens morrendo de amor. Creio que somente quando eu lecionava Literatura Brasileira e chegava a parte do Romantismo.
Adorava falar do “Mal do Século”, o “Mal de Amor”, o “Byronismo”, o lado lúgubre do sentimento quando não era correspondido. E era justamente isso que fazia sucesso na época: falta de correspondência... Quanto mais o poeta sofria, mais bela era a sua poesia, pois quem nunca sofreu por amor? As histórias mais belas de amor que vemos por aí são as de um amor sofrido, muitas vezes não correspondido e que, ao final, ficam “juntos e felizes para todo o sempre”.
Mas não suportamos histórias lindas, bem resolvidas... Nada nos atrai tanto quanto o sofrimento, as notícias na parte policial do jornal... O ser humano tem este lado negro, este lado que não aceita facilmente a felicidade, pois se ela existe... em breve a roda da fortuna vira e a gente vai sofrer, com certeza... Caramba, e pra que acreditar nisso?
Mas morrer por alguém? Morrer de amor?
A vida da gente segue e seguia bem antes do tal ser surgir diante de nós, de querer ocupar certos espaços de nosso dia, de nossa semana... mas nunca podemos atrelar nossas vidas a outro alguém.
Como a personagem da ex de Brad Pitt disse, a gente pode viver sem a tal pessoa, mas só não gostaria, porém se acontecer... e daí? Não era pra ser, ou a gente errou, ou o outro errou, ou ambos erraram, mas a gente tentou...
E torno a questionar: “Amar ou depender?” Dependência é uma palavra que remete sempre a vício. Ficar sem um determinado ser lhe causa crise de abstinência? Absurdo ao cubo... Afinal, abstinência eu só tenho quando não ingiro chocolate ou não compro um vidro de esmaltes... Outro modo de abstinência... ainda desconheço...
Talvez somente a carência financeria, porque de dinheiro depende o esmalte, o chocolate, aquela bolsa, a bota de oncinha que vi outro dia na vitrine...

domingo, 29 de maio de 2011

HUMORCEGO REPORTER: 1º ENCONTRO DA CONFRARIA COISAS DE MULHERZINHA

HUMORCEGO REPORTER: 1º ENCONTRO DA CONFRARIA COISAS DE MULHERZINHA: "MULHERES NA MODA MÚSICA E COZINHA ESPETACULAR SORRISOS CONTAGIANTES PRESENÇA MAIS QUE CONFIRMADA A IDEALIZADORA ESTAVA RAD..."

segunda-feira, 23 de maio de 2011

domingo, 22 de maio de 2011

SER MULHERZINHA

Já me perguntaram o porquê do nome da coluna ser “Coisas de mulherzinha”. Acharam que era pejorativo, que era “fofo” ou que eu estava ironizando...Talvez seja um pouco de cada coisa.
O nome vem sim de uma certa ironia, afinal, tudo que diz respeito a nós mulheres é tratado pelos homens com um pouco de menosprezo... ou nem é tratado... Existimos eventualmente...
As mulheres, pra grande maioria dos homens, só existe na horizontal, porque na vertical só se forem bem bonitas pra desfilar ao lado deles em alguma balada ou subservientes pra alcançar uma cerveja gelada enquanto assistem ao futebol...
Mas o que é “ser mulherzinha”? Não há nada de menos no diminutivo...pelo contrário. Ser uma “mulherzinha” dá muito trabalho. A gente faz de conta que não...
Ser mulherzinha é estar pronta pra tudo, inclusive levar o filho de madrugada ao pronto-socorro sem se preocupar se está de rímel ou se a camiseta está manchada.
Ser mulherzinha é apoiar “homenzinhos” em todos os momentos, ser o ombro e o colo que eles tanto precisam e tanto se esforçam em negar...e a gente finge que não vê a fragilidade masculina e faz charminho quando se depara com uma barata...ou quando tem que carregar aquela sacola pesada (mas a gente malha e uma sacola não é tão pesada assim...)...
Ser mulherzinha é estar no salto (mesmo de rasteirinha ou tênis) quando descobrimos a maior das traições ou quando estamos repletas de problemas, porém ainda erguemos a cabeça e procuramos aquele esmalte da revista...
Ser mulherzinha é demonstrar tranqüilidade, não estar nem aí pra nada e desfilarmos nossa feminilidade por fora, enquanto resolvemos intrincadas complicações por dentro...
Ser mulherzinha é se virar pra pagar todas as contas do mês (e conseguir), sem ter um “homenzinho” que nos banque...
Ser mulherzinha é ser mãe e pai ao mesmo tempo... mesmo que, às vezes, a gente se canse e também queira um colo...
Ser mulherzinha é ficar horas na internet namorando blusas, trench coats, vestidos, sapatos, jóias... desejando um guarda-roupas anos-luz de nosso salário, mas bem próximo de nosso merecimento.
Ser mulherzinha é sonhar com um príncipe, mas aceitar os sapos e vislumbrar neles prováveis, possíveis e grandes companheiros.
Ser mulherzinha é querer ser livre, mas só um pouco, pois torpedos a toda hora e surpresas no trabalho são bem-vindas. É ser contraditória... e daí?
Ser mulherzinha é estudar pra ser alguém... e procurar ser para alguém.
Ser mulherzinha é ser feliz e lutar por isso, mesmo que os outros não a compreendam.
MAIO É O MÊS DAS NOIVAS...

Não tenho como passar imune a este mês... não por desejar contrair (nossa, parece doença) núpcias com alguém. Mas há pessoas que ainda casam... Pasmem, ainda casam!!!!! Sim, eu me surpreendo porque lido com Família em quase 90% de meus processos no escritório e me abismo (à beira de um...) com a quantidade de gente que ainda casa (e se separa).
E aí que uma amiga me convida pra escolher um presente pra prima que vai casar... Claro que fui. Tenho uma grande atração por assuntos bizarros... Fomos a uma tal loja na cidade, ela pra ver a lista de presentes que os nubentes desejam, e eu pra contar quantos irão “enlaçar-se” nos próximos meses... Tive uma tentação meio mórbida (mas realista) de entregar uns cartões à mocinha encarregada, pois nem só de divórcios eu vivo... um pacto ante-nupcial, às vezes, é muito útil... Até que fiquei assustada com o número de matrimônios: nove, para ser mais exata. É que há outras lojas que tem o mesmo serviço: a gente escolhe um presente e a loja entrega. Mas é aquilo: vá bem cedinho pra não ter que morrer em muito dinheiro, porque os que sobram sempre são os mais caros (TVs de led, geladeiras em inox com freezer invertido...) No entanto, se eu fosse cometer a sandice de casar de novo, deixaria minha lista em um 1,99 bem grande e sortido da cidade, porque casamento não foi feito pra durar e meus convidados não se desapontariam em ter investido nos regalos...
E percebi que há toda uma indústria em torno do casamento. Não, não condeno quem case, quero mais é que casem muito e muitas vezes... Porém fico admirada com a série de detalhes que têm que ser observados... Há pessoas que fazem até planilhas de custo... Afinal, há o enxoval e as dúvidas são tantas... Por exemplo:
1. Como fazer se a pessoa quer convidar um número X pra cerimônia na igreja e outro pra recepção?
2. Como acomodar pessoas que venham de fora da cidade caso o noivo não seja nativo do local do evento?
3. Ainda se joga arroz na saída dos noivos?(Inevitável: lembrei-me do arroz de forno da tia solteirona...)
4. Que flor o noivo pode usar na lapela? (cravo, para mim, é coisa de defunto...)
5. Deve-se fazer a brincadeira de cortar a gravata do noivo e vender os pedaços aos convidados (sempre achei que era coisa de pobre!!!!)
Fora a lua-de-mel, o lugar onde morar, a recepção (se terá ou não), as lembrancinhas, o vestido da noiva (!!!!!!!!!!!!!!!!!), se haverá filmagem e fotos ou uma coisa ou outra... Inclusive, entrei em sites pra dar uma olhadela neste assunto e cheguei à seguinte conclusão: casamento dá muito trabalho (separação então, nem se fala). Aconselho: não casem, porque viver sob o mesmo teto acaba com qualquer relacionamento. O melhor é cada um na sua casa, às vezes, compartilhando a mesma alcova... Às vezes, e no inverno... Porque a parte da divisão do banheiro é cruel... Imaginem William, o príncipe, sendo flagrado pela Kate enquanto no “outro trono”????

sábado, 14 de maio de 2011

SAPO VIRA PRÍNCIPE, VIRA SAPO, VIRA PRÍNCIPE...

Sabe qual é a verdadeira história do sapo que vira príncipe? Não, não é aquela que a gente ouviu quando era criancinha. Quer dizer, algumas de nós ouve até hoje...e ainda credita!
Certo dia eu li que Jung recontou (ou contou) a verdadeira história. A princesa derrubou uma peça de ouro em um lago e o sapo que estava por lá a resgatou. Só que para entregar à princesa, ele fez com que ela prometesse que ele poderia ficar em sua companhia o tempo todo. A princesa ficou apreensiva, mas foi obrigada pelo rei (mercenário como ele só) a ceder ao pedido do anfíbio e aceitar a proposta.
Em toda a parte que ela ia, o sapo a acompanhava. Se ela ia sentar para almoçar, o sapo sentava perto dela pra partilhar de seu alimento. Se ela ia passear, ele a acompanhava em seu passeio, se ela sentasse para ler, ele ficava grudado nas páginas do livro, atento a tudo... Ou seja, tudo o que ela fizesse, ela tinha que estar na companhia do sapo. TUDO!
À noite, quando foi para o seu quarto real, dormir em sua belíssima cama com dossel de seda e lençóis egípcios de 1500 fios, o sapo fez menção de deitar com ela.
Ela disse ‘não’. Mas ele insistiu. Ela dizia ‘não’ e ele tornava a insistir. Ela então lhe disse que ele não iria colocar as suas patas sujas em seus lençóis alvíssimos e perfumados com lavanda... Mas ele fez com que ela se lembrasse do trato, e princesa tem de manter sua palavra (mesmo que, como toda mulher, mude de ideia)... Aí, num ímpeto de fúria, ela pegou o anfíbio e o arremessou contra a parede...
Porém, como num passe de mágica, ele estourou e já caiu ao chão transformado em príncipe. Em um ímpeto de ódio da donzela, ele se transformou. Em um ímpeto de real personalidade dela... ele surgiu.
A história do beijo que faz com que o anuro se transforme em belo mancebo, só procede na leitura machista. A leitura que faz com que as mulheres tenham que atender às grosserias masculinas com carinho e resignação, como nos ensinavam nossas avós e algumas mães...
A mulher tem que ser subserviente, boazinha, mãe, compreensiva, tolerante, complacente... Admitir tudo de seu homem (mesmo a gente sabendo que ninguém é de ninguém), admitir até as puladas de cerca do macho provedor, porque ele é o provedor e não deixa faltar nada em casa e não questiona quando o limite do cartão de crédito estoura... A mulher tem que ser um zero à esquerda mesmo. Uma figura decorativa... Linda, frágil, quieta... O macho pode ser truculento, afinal tirou a desafortunada mulher da solidão e do desvio de ser “avulsa”... Nossa, que coisa mais abominável... Pois a mulher o aceitou ‘sapo’, com a esperança anoréxica de que um dia ele vire príncipe... Mas repetirei “ad nauseam”: NINGUÉM MUDA!
Talvez tenha sido por isso que decidi mudar de atividade física e deixar bike e musculação por Muaithay. Quem sabe dando uns golpes por aí eu não encontre meu William escondido sob o lombo rugoso de algum batráquio??????

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O HOMEM DROGA

Uma amiga entra no MSN desesperadamente. Entra off. Sintomático: ela , com certeza, estava se escondendo de alguém, ou de todo mundo... menos de mim. Sempre estou ‘ausente’, meio que ‘presente’. Porque quando coloco ‘ausente’ posso ouvir os chamados e ver quem quer falar comigo. Na maior parte das vezes, atendo, pois a necessidade da pessoa pode ser grande.
Mas aí que ela entrou off e me chamou. Vi um “Rô” escrito na tela, mas de um modo tão suplicante que logo a atendi. E percebi que a coisa era grave. Mais uma amiga acometida de um homem sem escrúpulos: um “Homem Droga”.
Pois é, também há o “Homem Droga”. Sim, gurias, pasmem! Esse tipo é mais nefasto do que a gente imagina. Ele faz com que nos viciemos nele. Não há entendimento. Não há maturidade... nada. Apenas uma necessidade absurda de estar com ele, de ser dele... Uma necessidade imperiosa de nos perdermos em seus braços e nos deixarmos ficar e julgarmos que seremos felizes pra sempre. Mas um ‘pra sempre’ que para nós é medido em anos e que, para ele, é medido em horas. Em horas, claro, porque ele fica com a gente umas horas... Quem sabe até uma noite inteira e depois... o tal telefonema do dia seguinte nunca ocorre. A gente se sente vazia, infeliz, a última das últimas. E acaba por jurar que não vai mais cair na conversa dele.
Mas é só cruzar com ele numa festa, saber que ele está em um determinado lugar, que você quer estar lá também e se fazer notar. Sabe pra quê? Pra buscar uma migalha de olhar e ele sinalizar que vai querer de novo... que vai lhe dar mais uma “dosezinha”...
Logo você que já havia passado pela crise de abstinência e achava estar firme pra dizer não. Nem mais um teco desta porcaria que só lhe causa estragos. Esta porcariazinha que só lhe prejudica e aniquila com seu amor próprio. Que aniquila sua identidade... Tem algo dentro de você que a impede de dizer ‘não’. Mas tenho o prazer de dizer a esta minha amiga e a vocês que se identificaram com este problema: a gente supera. E se livra de vez dessa droga.
Eu disse ‘não’ e continuo dizendo. E me orgulhando disso todos os dias (mais um dia limpa...mais um dia livre...). Pois sei que ele não vale a pena, apesar de se achar o tal. Ele não vale um instantezinho de meus pensamentos... quanto mais de partilhar de meus carinhos.
A gente supera e se sente tão melhor, tão mais poderosa... E é tão engraçado vê-lo usar de todos os subterfúgios pra ser notado, pra que a gente o queira novamente... E ele fica indignado, busca outra (às vezes na nossa frente pra provocar...) ou nos desdenha... mas quer comprar... tosco. Criatura sofrível...
Figurazinha deplorável que acreditou em uma mulher carente que disse a ele que ele era ‘demais’. Porque mulher carente mente que nem sente (ouve apenas os instintos de sobrevivência da carência... da fragilidade momentânea). A carência faz com que a gente ache um ‘filhote de cruz-credo’ o mais sexy dos homens... e acabe viciando nas porcariazinhas que encontramos disponíveis no mercado. Ou nem tão disponíveis assim. Afinal, não esqueçam que após a euforia vem o abandono e o nojo que muitas vezes acabamos por ter de nós mesmas...

domingo, 1 de maio de 2011

DIA DAS MÃES

DIA DAS MÃES

Confesso que nunca quis ser mãe. Não nasci com esta pecinha do desejo de ter um bebê nos braços, acordar de madrugada, ser vomitada por ele... Correr pro pronto-socorro pra levar o fulaninho que está chorando a plenos pulmões e a gente nem sabe o porquê... Ganhar dezenas de quilos, estrias, celulite...
Não nasci com este dom maternal, com esta tendência... mas acabo por ser uma espécie de mãe pras pessoas que conheço, que gosto... Querendo ou não eu acabo maternalizando meus relacionamentos. Torno-me mãe das amigas, alunas, dos meus próprios pais... do meu namorado ( a pior parte...).
Mas daí que vem a tal data. Tudo jogada comercial, claro. Há filhos que não estão nem aí pras pobres mães e acham que no dia delas, estarão isentos de culpa se levarem um presentinho pra ela... Se mandarem flores... derem uma passadinha de uns dez minutos na casa da genitora e depois saírem porque tem que levar a esposa e os filhos pra almoçar fora... mal sabe ele que amanhã ele poderá ser tratado desta forma: descarte.
Creio que devemos fazer as coisas apenas de coração. Nada deve ser feito apenas por obrigação ou gratidão. Temos que fazer porque queremos mesmo.
Há os que não têm mães e adotam uma para si. Há amigas mais velhas que fazem este papel, ou tias, ou avós. Há as adotadas mesmo, que revelaram a seus filhos postiços que eles o são (ou não revelaram)...mas mesmo assim são tão amados como se viessem delas mesmas.
Há as que nunca deveriam receber tal nome, pois abandonam seus bebês em lixeiras, jogam em rios... Ou as que têm filhos apenas por uma pensão alimentícia, ou tentar “prender” um homem a si pra sempre. Como se uma criança pudesse prender alguém a alguém... E aí as criaturinhas são tratadas como estorvos, como joguetes... e acabam lotando os consultórios dos psiquiatras... engordando as filas do SUS...dependendo da condição financeira.
Mas mãe é algo especial sim. Mãe é tudo de bom. A minha me traz pra realidade com frequência e me mostra que nem tudo é cor-de-rosa.
Tenho amigas que se desdobram em trabalho, casa, marido e filhos, pra buscarem um futuro melhor... Outras sem marido, desdobram-se também... Exemplos de mães modernas, amorosas, preocupadas, mas que não esquecem que são mulheres também... Algumas se tornaram mães cedo, outras nem tanto... Umas são avós prematuramente e nem por isso perdem seu charme, sua jovialidade... outras tentam ter filhos de qualquer jeito...
Porém o que me encanta nisso tudo é poder observá-las exercendo seu papel de mulheres... efetivamente... Com erros, acertos... mas tentando ser felizes!
Feliz Dia das Mães, gurias!