domingo, 27 de fevereiro de 2011

PRIVACIDADE É SINÔNIMO DE RESPEITO

Você alguma vez na vida vasculhou os bolsos de seu namorado? Ou marido? Ou namorido?
Você já pegou o celular dele e deu uma olhadinha nas ligações feitas, recebidas, mensagens ou agenda de contatos?
Obrigou-o a lhe dar a senha do MSN, Orkut, facebook, twitter? Ou conseguiu-a através de um programa espião habilmente instalado no PC dele?
Caso você tenha respondido ‘sim’ à maioria dos questionamentos feitos, posso dar duas sugestões interdependentes: reveja seu comportamento e mude de par.
Se você age assim é porque foi motivada a proceder de tal modo. Se o atual provoca isso, é porque o relacionamento não é o que você merece.
Ele tem um passado de traições? Ele traiu todas com quem se relacionou e você sabe? Você acha que com você será diferente? Acorde! Não se iluda! Ele é o mesmo e você é a próxima na lista do “serial cafajeste”.
E mais, você gostaria de ser monitorada? Vigiada? A história do “quem ama cuida” não deve ser interpretada como “quem ama desconfia e sufoca”.
Cada um tem que ter sua privacidade, porque o outro é um indivíduo. Sabe a origem da palavra indivíduo? Vem justamente de individual. Um individual que, às vezes, quer ser de companhia. Então devemos ser companheiras e não carcereiras (ou encarceradas).
Imagine um homem ligando pra você toda hora no trabalho, pra verificar se você está realmente onde diz. Perguntar com quem está, por que não atendeu ao telefone no segundo em que ele ligou...
Certa vez, submeti-me (burramente) a isso achando que cedendo, abrindo minha vida, o psicopata se sentiria seguro e me respeitaria. Ledo engano. Só faltou eu colocar um GPS pendurado em meu pescoço.
Portanto, respeite o espaço de quem está com você. Confie. Mas se o ‘rapazito’ pisar na bola uma só vez... o problema é dele. Caia fora. Não é monitorando a criatura que você fará com que ele vire o santinho, o corretinho, o “senhor confiável”.
Como meus pais dizem: “Cesteiro que faz um cesto, faz um cento.”

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

QUANDO PARTIR PRA OUTRO RELACIONAMENTO?

Nestas minhas conversas diárias com minhas amigas, percebi que muitas estão em relacionamentos ruins por acomodação ou medo de tomar a iniciativa de terminar o casamento, namoro, “ficada” eventual (que se torna algo meio firme)...
É que hoje em dia há este tipo de coisa: uma relação fortuita que se torna estável. Trata-se de uma espécie de caso que a pessoa tem. Duas pessoas ficam de vez em quando, mas estas pessoas têm outras duas pessoas também (que não sabem nada desse “acerto”). Ou seja, o cara é casado e tem a garota que é a sua amante (ela sabe do compromisso dele e nem se importa com isso – ou finge não se importar). Ou o cara tem uma namorada, mas fica com outra com mais freqüência até que com a própria namorada, mas os finais de semana e dias nobres são da traída... Também há casos em que a garota tem um namorado mesmo (ou marido) e tem o seu “cacho fixo” que também conhece a situação dela.
Mas é aquilo, né? A sociedade sempre legitima o homem nessas “combinações”. A mulher se, por ventura, faz o mesmo é objeto de crítica e censura até das próprias amigas (talvez todas com inveja da situação que ela consegue manter...). Ela, algumas vezes, é solteira, livre, não tem namorado nenhum, mas encontra-se com freqüência com alguém...
Porém, o que quero abordar aqui é o seguinte. Não estou pregando essas atitudes como modelos de conduta, mas creio que se as pessoas são felizes neste tipo de escolha, se vivem bem... ótimo! Mas se procedem assim para suportar o fardo do casamento, por exemplo... faça-me o favor...parta pra outra ou outro.
Manter um caso fora do casamento pra que o mesmo sobreviva? Usar alguém como válvula de escape????? E pior que há pessoas que sabem que são a tal válvula, sabem que a criatura NUNCA vai se separar, porém nutrem um desejo, uma esperança subnutrida de um dia, quem sabe, serem a 1ª dama (ou o 1º cavalheiro)...
Nada disso. Isso nunca termina. No momento em que a pessoa passa por esse papel, aceita essa situação e alimenta parcamente a anoréxica esperança... sofrerá certamente.
Se um relacionamento não vai bem, não se iluda: a pessoa nunca mudará. Se você está com alguém, achando que este alguém vai ser mais carinhoso, atencioso, amável, compreensivo com o tempo, porque você assim o é, você está tentando mostrar que as coisas podem melhorar...ESQUEÇA! NINGUÉM muda.
Acredito em ex-drogados que conseguem vencer o vício e levar uma vida quase que normal. Acredito em ex-detentos que se ressocializam e voltam ao mercado de trabalho. Acredito em ex-vegetarianos (e celebro a sua volta pro mundo carnívoro)... Mas não acredito que em um relacionamento em que não há mais respeito, consideração, atenção o homem possa mudar... ou a mulher.
NINGUÉM muda. A pessoa pode tentar adotar novos hábitos... mas mudar???? Talvez somente se fizesse uma operação cerebral ou nascesse de novo...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

UM DIA DE TERROR

Estamos no verão. E como todo mundo sabe, dias quentíssimos, claro... Manhãs com sol de rachar coco, fritar ovo no asfalto (um dia crio coragem pra fazer isso)e, à tarde, chuva. E bota chuva nisso. Tudo preteia de uma hora pra outra. Lembro que meus pais sempre falam que a previsão do tempo na rádio de Uruguaiana era assim: “tudo preto pro lado do quartel!” Podia contar que uma tempestade ia cair...
E hoje, aos finais de tarde aqui em Criciúma, dou uma olhadinha pro céu e penso na previsão da rádio fronteiriça... Então a chuva cai, as ruas enchem, não sei se por descaso do povo que joga lixo em qualquer lugar, ou se por conta das obras da cidade... Só sei que tudo para... E olha que moro no Centro que “dizem” ser um ótimo lugar. Apesar destes contratempos, adoro esta cidade. Acho que paixão maior só a que eu nutro por Porto Alegre, porque Criciúma adotei (ou fui adotada) ...
Uma das primeiras coisas que fiz quando cheguei foi tirar meu título de eleitor pra me sentir uma cidadã. Nada desse comercialzinho que vemos na TV em que fantoches cantam que com a certidão de nascimento são cidadãos...jamais. A certidão mostra que a pessoa existe civilmente, mas apenas o título é que pode nos dar o status de cidadão. Mas, o que quero hoje é relatar meu dia de terror.
Sou urbana até a raiz de meus cabelos quimicamente tratados (ou destruídos). Dormir sem barulho? Dormir sem uma freada de carro, um barulho de sirene? Jamais. Sem o som dos alarmes disparando, sem o barulho da porta da garagem do prédio ao lado? Nunquinha!
E aí que tudo alagou e a internet “foi pro pau”. Às 21 horas a internet saiu e não mais voltou. Claro que liguei pro suporte. E do outro lado a criatura me informava que tudo estava alagado e que tinha queimado não sei o quê, porque meus ouvidos e cérebro só registraram: não temos previsão de restabelecer o sinal. Com uma vontade imensa de mandar o atendente pra algum lugar, resisti ao impulso nefasto e desliguei. E na minha frente meu PC... Ali, sem conexão... senti-me isolada de tudo e de todos... Como fazer pra entrar no facebook, no Orkut...no MSN??????????????????? Pior que isso só ficar sem dinheiro... bem, já estou sem...então não tem como ficar pior... Sem contato com o mundo externo, sem poder fuxicar a vida dos outros que sempre parece mais interessante que a nossa em seus orkuts ... Não há mais sentido para nada... Porém tem como ficar pior sim...
No dia seguinte, acordo com minha amiga, professora da academia dizendo que não poderia ir para o trabalho, porque temia o alagamento na rua onde fica o estabelecimento... Tive que confirmar, porque de minha casa vejo a maré subindo em pleno centro...ontem até achei que era Noé que descia a rua... Portanto, piorou: sem academia. Acumularei minhas calorias mais e mais, porque o desespero e o tédio só fazem com que eu pense em chocolate...
Tentei a vizinha... quem sabe a internet dela é sem fio e é de outra empresa??? Ela partilha comigo, apenas hoje... só um tequinho... depois troca a senha, pelo menos hoje ela faz pratica uma boa ação...Nada. A coitada voltava de viagem, sedenta pra se conectar e ignorava a tragédia que se abateu sobre nosso prédio...
Tentei mais uma vez o suporte... O atendente enrola-se e me diz: ‘de 12 a 24 horas...’ Aperto-o mais um pouco e ele diz: ‘de 24 a 48...’Concluí: nem ele sabe... Poxa, se quer mentir, minta direito... Esse homem deve ter problemas...Certamente é casado, porque se mentisse direitinho estaria com um monte de mulheres e teria sido mais gentil ao telefone...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A GENTE MUDA

Toda vez que ouvimos alguém falando em relacionamentos que já duram algum tempo a conversa é sempre a mesma: fulano mudou, fulano não era assim quando a gente se conheceu (namorava, saía...). Todas as minhas amigas que estão em uma relação relativamente estável sempre reclamam da mesma coisa...
Dizem que o rapaz era mais carinhoso, atencioso... Que saíam mais, que não precisavam de mais ninguém por perto... Que tinham mais ciúme um do outro (não me venham dizer que é doença ou insegurança, um ciuminho é sempre bom...). Eu tenho ciúme de todo mundo. Afinal, todos que me cercam são meus, mesmo que não saibam disso... Bom, deixando o meu umbigo de lado...
A queixa do “mudar” é constante... nauseantemente repetida alguns pares de vezes na semana, no mês por interlocutoras diversas.
Mas paremos um pouco para pensar (engraçado que esta expressão “para e pensar” deve ter sido criada por um homem... a gente não precisa parar pra pensar... ai, me perdi de novo???? Não, ainda estou em Criciúma...), e observemos que talvez a gente mude também.
Certa vez minha prima reclamou que o marido queria tudo na mão: copo de água, roupa, toalha de banho... Aí perguntei se no início, no namoro, ela entregava tudo na mão dele. Ela disse que sim, afinal estavam namorando. Então concluí: “criastes teu próprio monstro!”
Ela fazia todas as vontades tratando-o quase como um deficiente físico. Só faltava mastigar por ele. E hoje quando o infeliz pede um copo de água ela ataca com um: “ué, não sabe mais o caminho da cozinha?” Ou então: “perdestes tuas mãos?”
As mulheres são rainhas no negócio da conquista. A gente paparica, enrola a vítima. E quando ele acha que encontrou a mulher que o servirá na cama e fora dela... a gente mostra que não é bem assim que a coisa funciona... Mas a m... já está feita. E depois de os tratarmos como gurizotes dependentes, tetraplégicos, queremos nossa alforria e que o guri ande com as próprias pernas e corte seu próprio bife, vire tri-atleta...
Eles também fazem isso sim. Mandam-nos flores quando nos dão algum bolo. Dão-nos algum presentinho quando se sentem culpados... Dizem que estamos lindas... Aí depois de adquirirem uma certa estabilidade no emprego, depois de passado o estágio probatório, já viramos baleias de tantos bolos. E desculpas???? Somente aos colegas, amigos de futebol ou ao patrão...
Mas todo mundo muda sim. Homem, mulher... Até os amantes... Num passe de mágica só ficam no ‘papai e mamãe’ e um começa a pedir dinheiro emprestado pro outro...
Todo mundo muda. Não digam que não. O que estraga qualquer relacionamento é o excesso de intimidade, de convivência... de monogamia...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

CUIDADO: ELE ESTÁ TESTANDO VOCÊ

Descobri mais um tipo masculino... Aquele que vive testando a gente. Parece mais um “Homem Inmetro”. Fica tirando a prova da qualidade da mulher que tem ao lado.
Se ele não liga no dia seguinte: teste.
Se ele fala em outra pra você: teste.
Se ele olha pra outra quando está com você: teste.
Se ele chega tarde: teste.
Se ele esquece do compromisso que tinha com você... teste de novo.
Não me venham com explicações de deficiência neuronal... A gente sabe que eles têm, claro. Mas eles sabem nos testar muito bem. Eles querem saber se a mulher que eles têm ao lado pode ser levada a sério, pode ser manipulada ou não. Portanto, agora vou ensiná-las, gurias... Não se deixem levar. Por mais que a úlcera queime, que o ódio venha em erupções... Não demonstre que ele conseguiu atingir seu objetivo. Se você cair nessa... manipulação. Você estará mostrando, e “de bandeira”, que ele é o TUDO pra você... Não demonstre... não o deixe nem desconfiar...
Se ele não liga no dia seguinte, mesmo que ele ligue uns dois dias depois... não atenda, ou diga que está atrasada pra outro compromisso. Diga que você tem que fazer a unha, comprar hidratante, tomar café com uma amiga... pegar aquela liquidação de calçados... Ele vai ficar chocado... Que os pintos venham em ninhadas... Ele vai perceber que você tem outras prioridades e isso fará com que o rapazito fique apreensivo pensando se você está falando a verdade ou não.
Se ele fala em outra, principalmente se esta outra está dando em cima dele, fale que você sabe como ele se sente, porque um rapaz da academia não para de lhe dar indiretas e elogiar como você está perdendo peso... ou então que aquele colega de trabalho quer porque quer sair com você, mesmo você dizendo que já tem namorado...
Se ele olha pra outra quando está com você, elogie a moça e diga que ele tem bom gosto, afinal está com você e ria muito... deixe-o perplexo... Você se rasgar???? Rasgue-se internamente...
Se ele chega tarde... que não a encontre. Suma uns dois dias. Nem que você tenha que ir pra casa daquela tia solteirona ou daquela amiga chata. Não deixe rastro. Quando você reaparecer, ele pensará duas vezes antes de tomar chá de sumiço. E não dê explicações. Apenas limite-se a dizer que “esqueceu de avisá-lo”... Na próxima vez, ele ligará pra você rapidinho.
Se ele esquece do compromisso que tinha com você... esqueça-o também. Desligue o celular sem querer... Saia do MSN sem se despedir porque você está muito atarefada...
Quando ele receber a paga na mesma forma, verá que não é nada agradável ser tratado assim... Mas tudo com classe, gurias... Com uma delicadeza que o fará correr atrás (se ele estiver a fim, claro...) desta mulher que estranhamente ficou difícil de uma hora pra outra.