domingo, 1 de janeiro de 2012

OS EX DEVERIAM MORRER

OS EX DEVERIAM MORRER

Ao ouvir tal frase vindo dos lábios de minha tão sensata prima (agora nem tão sensata assim)... choquei!

Imagine se todas as pessoas que nos magoassem deixassem de existir??? Só na minha cidade já haveria uma densidade demográfica ínfima...

Minha prima veio com esta e explicou o porquê de sua tão estranha declaração. É mais fácil aceitar que um meliante de nosso passado (recente ou não) morra, do que deixe de estar conosco por vontade própria. E ter o infortúnio de encontrá-lo mais feliz ao lado de outro alguém... pior ainda.

Isto talvez fizesse com que as clínicas psiquiátricas minguassem de pacientes...Faria com que o uso de anti-depressivos diminuísse entre muitas mulheres que eu conheço...

Não, não se abismem (sempre gostei desta palavra ‘abismar’), porque as pessoas nunca admitem que preferem ver o outro pelas costas por contingências do destino do que por nossa vontade (ou dele). Há uma série de relacionamentos que não terminam porque a mulher (ou homem) não tem coragem de colocar um ponto-final. E se por ventura o outro vem a falecer, só recordamos dos momentos bons com aquela pessoa...

Os que falecem viram santos, viram perfeitos... parece que a morte é a redenção por seus crimes, seu descaso com relação à mulher, namorada, filhos, família... Uma idolatria ao defunto-meliante pode ser uma boa saída, afinal... o pobrezinho morreu antes que pudesse nos dar mais um pé (ou nós a ele).

Quando um relacionamento termina, parece que temos que passar por uma espécie de despedida emocional... Muitas mulheres nem conseguem se sentirem abandonadas e logo encontram outra paixão. Outras conseguem passar por ‘lutos’.... e depois de umas semanas de ‘nojo’... aparece outro meliantezinho.

“Quando alguém me deixa parece que fui reprovada em alguma matéria na graduação do relacionamento.” Caramba... outra pérola. Mas a sensação de reprovação toma corpo quando isso acontece várias vezes e com vários professores diferentes...

É o péssimo hábito de acharmos que a culpa de algo não dar certo ser sempre da gente. O outro está correto, o modus operandi é o mesmo e a gente é que não se esforçou nem em ‘colar’ espertamente no teste...

E o que mais nos dá vontade de sepultamento é justamente encontrá-los anos depois...mesmo que estejam mais gordos, mais velhos, mais feios do que no passado em que nos ‘embeiçamos’ por eles... O reencontro reabre umas feridas estranhamente nostálgicas... mesmo que tudo tenha sido bem resolvido...

Mas Deus é um ser extremamente inteligente... se nos desse experiência e entendimento com tão tenra idade... pobres meliantes. Hoje a maturidade nos traz benefícios... pena que a ciência ainda não tenha criado o cimento dermatologicamente testado e injetável... flacidez é a treva!

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