quinta-feira, 5 de maio de 2011

O HOMEM DROGA

Uma amiga entra no MSN desesperadamente. Entra off. Sintomático: ela , com certeza, estava se escondendo de alguém, ou de todo mundo... menos de mim. Sempre estou ‘ausente’, meio que ‘presente’. Porque quando coloco ‘ausente’ posso ouvir os chamados e ver quem quer falar comigo. Na maior parte das vezes, atendo, pois a necessidade da pessoa pode ser grande.
Mas aí que ela entrou off e me chamou. Vi um “Rô” escrito na tela, mas de um modo tão suplicante que logo a atendi. E percebi que a coisa era grave. Mais uma amiga acometida de um homem sem escrúpulos: um “Homem Droga”.
Pois é, também há o “Homem Droga”. Sim, gurias, pasmem! Esse tipo é mais nefasto do que a gente imagina. Ele faz com que nos viciemos nele. Não há entendimento. Não há maturidade... nada. Apenas uma necessidade absurda de estar com ele, de ser dele... Uma necessidade imperiosa de nos perdermos em seus braços e nos deixarmos ficar e julgarmos que seremos felizes pra sempre. Mas um ‘pra sempre’ que para nós é medido em anos e que, para ele, é medido em horas. Em horas, claro, porque ele fica com a gente umas horas... Quem sabe até uma noite inteira e depois... o tal telefonema do dia seguinte nunca ocorre. A gente se sente vazia, infeliz, a última das últimas. E acaba por jurar que não vai mais cair na conversa dele.
Mas é só cruzar com ele numa festa, saber que ele está em um determinado lugar, que você quer estar lá também e se fazer notar. Sabe pra quê? Pra buscar uma migalha de olhar e ele sinalizar que vai querer de novo... que vai lhe dar mais uma “dosezinha”...
Logo você que já havia passado pela crise de abstinência e achava estar firme pra dizer não. Nem mais um teco desta porcaria que só lhe causa estragos. Esta porcariazinha que só lhe prejudica e aniquila com seu amor próprio. Que aniquila sua identidade... Tem algo dentro de você que a impede de dizer ‘não’. Mas tenho o prazer de dizer a esta minha amiga e a vocês que se identificaram com este problema: a gente supera. E se livra de vez dessa droga.
Eu disse ‘não’ e continuo dizendo. E me orgulhando disso todos os dias (mais um dia limpa...mais um dia livre...). Pois sei que ele não vale a pena, apesar de se achar o tal. Ele não vale um instantezinho de meus pensamentos... quanto mais de partilhar de meus carinhos.
A gente supera e se sente tão melhor, tão mais poderosa... E é tão engraçado vê-lo usar de todos os subterfúgios pra ser notado, pra que a gente o queira novamente... E ele fica indignado, busca outra (às vezes na nossa frente pra provocar...) ou nos desdenha... mas quer comprar... tosco. Criatura sofrível...
Figurazinha deplorável que acreditou em uma mulher carente que disse a ele que ele era ‘demais’. Porque mulher carente mente que nem sente (ouve apenas os instintos de sobrevivência da carência... da fragilidade momentânea). A carência faz com que a gente ache um ‘filhote de cruz-credo’ o mais sexy dos homens... e acabe viciando nas porcariazinhas que encontramos disponíveis no mercado. Ou nem tão disponíveis assim. Afinal, não esqueçam que após a euforia vem o abandono e o nojo que muitas vezes acabamos por ter de nós mesmas...

Um comentário:

  1. Rô... boa essa !!! Vou aproveitar e lhe dar um conselho : ABRA UMA COLUNA DE CONSULTAS SENTIMENTAIS. Pode até nao dar certo, mas você poderia dizer para as candidatas, que HOMEM É UM MAL NECESSARIO...hehe
    bjs

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