domingo, 1 de maio de 2011

DIA DAS MÃES

DIA DAS MÃES

Confesso que nunca quis ser mãe. Não nasci com esta pecinha do desejo de ter um bebê nos braços, acordar de madrugada, ser vomitada por ele... Correr pro pronto-socorro pra levar o fulaninho que está chorando a plenos pulmões e a gente nem sabe o porquê... Ganhar dezenas de quilos, estrias, celulite...
Não nasci com este dom maternal, com esta tendência... mas acabo por ser uma espécie de mãe pras pessoas que conheço, que gosto... Querendo ou não eu acabo maternalizando meus relacionamentos. Torno-me mãe das amigas, alunas, dos meus próprios pais... do meu namorado ( a pior parte...).
Mas daí que vem a tal data. Tudo jogada comercial, claro. Há filhos que não estão nem aí pras pobres mães e acham que no dia delas, estarão isentos de culpa se levarem um presentinho pra ela... Se mandarem flores... derem uma passadinha de uns dez minutos na casa da genitora e depois saírem porque tem que levar a esposa e os filhos pra almoçar fora... mal sabe ele que amanhã ele poderá ser tratado desta forma: descarte.
Creio que devemos fazer as coisas apenas de coração. Nada deve ser feito apenas por obrigação ou gratidão. Temos que fazer porque queremos mesmo.
Há os que não têm mães e adotam uma para si. Há amigas mais velhas que fazem este papel, ou tias, ou avós. Há as adotadas mesmo, que revelaram a seus filhos postiços que eles o são (ou não revelaram)...mas mesmo assim são tão amados como se viessem delas mesmas.
Há as que nunca deveriam receber tal nome, pois abandonam seus bebês em lixeiras, jogam em rios... Ou as que têm filhos apenas por uma pensão alimentícia, ou tentar “prender” um homem a si pra sempre. Como se uma criança pudesse prender alguém a alguém... E aí as criaturinhas são tratadas como estorvos, como joguetes... e acabam lotando os consultórios dos psiquiatras... engordando as filas do SUS...dependendo da condição financeira.
Mas mãe é algo especial sim. Mãe é tudo de bom. A minha me traz pra realidade com frequência e me mostra que nem tudo é cor-de-rosa.
Tenho amigas que se desdobram em trabalho, casa, marido e filhos, pra buscarem um futuro melhor... Outras sem marido, desdobram-se também... Exemplos de mães modernas, amorosas, preocupadas, mas que não esquecem que são mulheres também... Algumas se tornaram mães cedo, outras nem tanto... Umas são avós prematuramente e nem por isso perdem seu charme, sua jovialidade... outras tentam ter filhos de qualquer jeito...
Porém o que me encanta nisso tudo é poder observá-las exercendo seu papel de mulheres... efetivamente... Com erros, acertos... mas tentando ser felizes!
Feliz Dia das Mães, gurias!

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