sexta-feira, 28 de outubro de 2011

CONHECE-TE A TI MESMA

CONHECE-TE A TI MESMA

Às vezes, revolto-me e exerço minha indignação da forma que melhor conheço... Não saio por aí esbofeteando ninguém, muito menos pixando muros ou queimando orelhões... Exerço minha indignação escrevendo... E hoje me pergunto o porquê de tanta mulher inteligente, bonita que eu conheço estar sozinha ou sofrendo por algum meliantezinho qualquer...

Mulheres que me fazem entender a acepção real do termo ‘perfeição’, porque acabo conhecendo-as como amigas, colegas... A cada dia descubro suas habilidades em assar uma carne, abrir uma garrafa de vinho, falar sobre todos os assuntos (até futebol), dominarem línguas estrangeiras, conhecerem o direito familiar, empresarial, desenharem acessórios...

Saberem golpes de artes marciais... estarem se cuidando pra algum campeonato de MMA... Saberem fazer fotografia como ninguém... Conhecerem os mistérios da chapinha, da maquiagem, do milagre do emagrecimento... Beberem muito e ficarem cada vez mais engraçadas, interessantes...

Algumas são tão sarcásticas e inteligentes em seus posts na internet, em seus revides a comentários misóginos ao extremo... Revelam neurônios que não se alimentam apenas de futilidades, cremes ou esmaltes...

Mulheres que sabem de um mundo inteiro a sua volta... Mas que acabam desconhecendo o mundo que trazem dentro de si.

A falta de conhecimento de si mesmas é que faz com que elas que parecem tão incríveis, caiam em esparrelas amorosas...

Ao olharmos pra fora demais... esquecemo-nos o tanto que trazemos aqui dentro e que deve ser malhado, exercitado justamente como quando vamos à academia...

Temos que forjar nossa alma, nossa auto-estima... Temos que conhecer a nós e vermos que se estamos sós não é por falta de capacidade, mas sim por opção... Porém se estamos à mercê do fulaninho qualquer... é porque não olhamos direito pra tudo o que temos em nosso interior e que por algum motivo dorme ou se sujeita.

Conhece-te a ti mesma... e perceba que, na verdade, muito machinho por aí que se faz de imprescindível é tão imprescindível quanto um grampo, uma bijuteria...uma agulha... E se nós nos contentamos com isso certamente é porque, no momento, estamos querendo exercitar nossa grandeza de espírito, nossa caridade, diante da tal porcariazinha.

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