terça-feira, 13 de dezembro de 2011

DEDO PODRE

DEDO PODRE

Entre uma conversa e outra com minha parceirona de plantão...chegamos à trágica conclusão de que nós estragamos os meliantes que surgem em nossas vidas.

Estavamos falando de nossos pares atuais e discutíamos a respeito de certos defeitos, de certas falhas em seus comportamentos... muita coisa em comum... E choquei: nós somos as causadoras disso tudo.

Já fundamos a comunidade do “Eu tenho o dedo podre”, mas chegamos à triste conclusão que, apesar de serem rapazes diferentes, de origens distintas, credos diversos, naturalidades idem... nós o transformamos em nosso infortúnio.

O quesito confiança é sempre delicado, porque mesmo que eles digam que vão fazer A, B ou C quando longe de nós... não é aceito como de todo verdadeiro. Hoje em dia sabemos que pra trair e esconder o mau passo é facílimo. Até uma anta o faria... quanto mais um meliante de carteirinha.

Minha amiga então me confessa que realmente a culpa é dela, porque ela sempre os mima demais. Mas como agir se realmente a gente gosta do sujeito e quer tratá-lo bem? Por que maltratar se, na verdade, a gente tem afeto pela pessoa?

Já percebi que com o passar do tempo nós mulheres vamos tornando-nos mais e mais carinhosas, atenciosas... eles vão se transformando em seres distantes, pois não precisam mais cortejar como antes pra nos terem cativas...

O dedo podre já nos é por demais conhecido, difundido, negado, combatido... mas o dedo podre vem acompanhado do comportamento recorrente...o nosso comportamento errôneo. Não podemos mostrar que somos boas o suficiente? Temos que ser tiranas? Temos que torturá-los com nosso descaso?

O caso em questão é muito difícil de solucionar, porque sei que todas nós agimos de igual modo quando encontramos alguém que nos agrada. Uma outra amiga me falou que até o açúcar ela coloca na xícara do mancebo... sabe por quê? Pra que ele dependa dela em tudo!

Pode até ser uma boa jogada, mas me passa algo tão terrivelmente maternal que chego a ter calafrios.

Fazer alguém tornar-se dependente... aí surge aquela que o faz andar pelas próprias pernas... e ele nos vem com o famigerado pé naquele lugar...porque a tal o trata como homem... E nós o tratávamos como filho, protegido, quase um bebê...

Nós causamos os nossos próprios problemas... O ímã pra atrair meliante existe... Talvez a criatura até seja um bom rapaz em potencial, mas a vocação pra estragar tudo nos é latente, gritante... gruda em nossas atitudes.

Aí ela me jura que vai mudar... mas com o próximo... porque este já está estragado mesmo e buscar mudar agora pode dar muuuuuuuuuuito trabalho...

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